Seul - A Coreia do Norte garantiu nesta sexta-feira que não existiu troca de tiros entre suas Forças Armadas e a Marinha sul-coreana na tarde de ontem nas águas próximas da fronteira ocidental entre os países e assegurou que a notícia divulgada por Seul foi apenas um "engano".
A Coreia do Sul "montou um escândalo e inventou que disparamos projéteis de artilharia contra sua embarcação de guerra em águas próximas à ilha de Yeonpyeong e que eles responderam com fogo", anunciou o Comando da Frente Sudoeste do Exército Popular da Coreia do Norte em comunicado.
O anúncio das Forças Armadas da Coreia do Sul é "um engano" com a intenção de atribuir à Coreia do Norte a imagem de instigador da violência, acrescentou o documento, divulgado pela agência de notícias estatal norte-coreana "KCNA".
Em todo caso, o comando advertiu que "o Exército da Coreia do Norte mantém uma preparação total de combate para esmagar em nome de todo o povo coreano as provocações das marionetes agressoras", em referência aos militares sul-coreanos.
Seul anunciou ontem à noite que a Coreia do Norte tinha disparado projéteis de artilharia de suas baterias litorâneas que caíram a cerca de 150 metros de um navio patrulheiro sul-coreano nas águas do Mar Amarelo (Mar Ocidental).
Em resposta, segundo a versão de Seul, uma corveta sul-coreana que se encontrava próxima do local disparou cinco rodadas de artilharia que caíram nas águas norte-coreanas próximas de um navio militar do regime de Pyongyang.
Além disso, a Coreia do Sul evacuou os moradores das ilhas da região e ordenou que dezenas de pesqueiros chineses e sul-coreanos que trabalhavam em águas próximas retornassem aos portos.
O incidente aconteceu perto de Yeonpyeong, uma ilha administrada por Seul, mas que se encontrar a poucos quilômetros do litoral norte-coreano, que em novembro de 2010 sofreu um ataque de artilharia do país comunista que deixou quatro sul-coreanos mortos.
Por sua vez, o regime de Kim Jong-un também protestou hoje mais uma vez pelos disparos de advertência que a Marinha sul-coreana realizou na terça-feira quando embarcações norte-coreanas ultrapassaram a Linha Limite do Norte (LLN) que separa os dois países no Mar Amarelo.
Traçada no final da Guerra da Coreia (1950-1953) pela coalizão da ONU liderada pelos Estados Unidos, a LLN não é reconhecida pela Coreia do Norte e foi cenário frequente de conflitos entre os dois países nos últimos anos.
As Coreias do Norte e do Sul continuam tecnicamente em guerra devido, pois o conflito ocorrido há seis décadas terminou com um armistício ao invés de um tratado de paz definitivo.
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1. O maluco armado
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1/8 (Australian War Memorial / Wikimedia Commons)
São Paulo — Tudo seria mais tranquilo se Kim Jong-un fosse apenas o vilão de um filme de James Bond. Mas o líder da Coreia do Norte não só é real como governa um país armado até os dentes. Nesta semana, o Estado-Maior do Exército local disse que os americanos serão esmagados utilizando "meios nucleares", segundo um comunicado citado pela agência oficial norte-coreana, KCNA. Veja as temíveis armas que o país poderia usar num ataque.
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2. Bomba atômica
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2/8 (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)
A Coreia do Norte já realizou três testes com armas nucleares: em 2006, em 2009 e neste ano. O mais recente foi divulgado e comemorado nas ruas do país. Muitos especialistas acreditam que as bombas atômicas norte-coreanas sejam grandes demais para serem transportadas em mísseis. Mas a cortina de segredo que cobre o país deixa uma enorme margem para dúvidas.
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3. Armas biológicas
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3/8 (Divulgação/Wikimedia Commons)
Embora tenha assinado, em 1987, a convenção sobre armas biológicas e tóxicas (BTWC, na sigla em inglês), existem suspeitas de que a Coreia do Norte desenvolva esse tipo de armamento em segredo. Um relatório de 2010, feito pelo Ministério da Defesa da Coreia do Sul, afirma que Kim Jong-un e sua turma cultivam, para uso militar, agentes causadores de antrax, cólera, varíola e outras doenças.
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4. Armas químicas
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4/8 (Força de Defesa de Israel / Wikimedia Commons)
A Coreia do Norte tem um amplo programa de fabricação de
armas químicas, com capacidade estimada em 5 mil toneladas por ano. O arsenal inclui os temidos gases mostarda, fosgênio e sarin. Segundo a organização Nuclear Threat Initiative (NTI), o país tem 12 plantas de fabricação e estocagem de agentes químicos e mais seis depósitos adicionais ondem essas armas são mantidas.
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5. Mísseis de curto alcance
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5/8 (US Navy / Wikimedia Commons)
A Coreia do Norte tem diversos tipos de mísseis de curta distância. O arsenal inclui duas variantes dos Scud soviéticos: Scud-C, com alcance de 500 quilômetros; e Scud-D, de 700 quilômetros. Já o menorzinho KN-02 teria 120 quilômetros de alcance. Os três poderiam ser usados para atacar a Coreia do Sul. Os Scud têm fama de imprecisos e pouco confiáveis. Mas os norte-coreanos podem tê-los aperfeiçoado.
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6. Míssil Musudan
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6/8 (Wikipedia)
O Musudan é o míssil de médio alcance da Coreia do Norte. O Ministério da Defesa da Coreia do Sul estima que tenha alcance de 3 mil quilômetros, mas alguns especialistas falam em 4 mil quilômetros (mapa). Uma bateria desses mísseis teria sido instalada na costa leste do país, de onde poderia atingir o Japão. O míssil já foi exibido em desfiles militares mas não há notícia de que tenha sido testado.
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7. Mísseis intercontinentais
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7/8 (Fabe27 / Wikimedia Commons)
Voando a cerca de 25 mil km/h, um míssil intercontinental disparado da Coreia do Norte chegaria ao Alasca em 14 minutos e ao Havaí em 17 minutos. Sabe-se que o país desenvolve esses mísseis, mas há dúvidas sobre suas condições de operação. O mais antigo deles, o Taepodong-2, falhou durante seu único teste conhecido, em 2006. O KN-08 foi visto apenas em desfiles militares. O Unha-3 foi usado para colocar um satélite em órbita no ano passado (na ilustração, o Unha-2).
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8. Agora veja os aviões de combate que agiram na Líbia em 2011:
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8/8 (Divulgação)