Kim Jong-Un: Coreia do Norte negou participação nos ataques cibernéticos chamados de Wannacry (KCNA/Reuters)
EFE
Publicado em 21 de dezembro de 2017 às 09h47.
Seul - Pyongyang negou nesta quinta-feira a acusação feita pelos Estados Unidos sobre sua responsabilidade no ataque cibernético ocorrido em maio com o vírus "Wannacry", através de uma declaração do Ministério de Relações Exteriores norte-coreano.
"Os Estados Unidos tentam incitar um confronto global contra nós vinculando a RPDC (República Popular Democrática da Coreia, nome oficial do país) ao último incidente de ciberataque", afirmou um porta-voz do citado Ministério em declarações recolhidas pela agência estatal KCNA.
Washington, "origem de todas os males sociais e de cibercrimes globais, está acusando a RPDC sem nenhuma prova", denuncia o comunicado.
"Não temos nada a ver com o ciberataque", ressalta a declaração, que também adverte que Pyongyang "nunca tolerará" este tipo de acusações e afirma que estas constituem uma "provocação política".
Pyongyang reagiu assim à acusação oficial lançada na terça-feira pelo assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Tom Bossert, que culpou o país asiático do ataque cibernético que bloqueou mais de 200 mil computadores de empresas e instituições em 150 países ao redor de todo o mundo.
"Depois de uma cuidadosa investigação, os Estados Unidos atribuem publicamente o ataque cibernético em massa à Coréia do Norte. Não formulamos esta acusação à toa", apontou Bossert em uma coletiva de imprensa.
O assessor da Casa Branca explicou que o Governo americano baseia suas acusações em "ligações técnicas a tradecraft (espionagem comercial) e infraestrutura operacional da Coréia do Norte previamente identificadas", pela qual não têm dúvidas da origem do ataque.