O embaixador da Coreia do Norte na ONU, Kim Song, destacou que a apresentação deste assunto no Conselho levará seu país ao "desejo de defender nossa soberania". (Brendan McDermid/Reuters)
AFP
Publicado em 7 de outubro de 2019 às 20h02.
A Coreia do Norte alertou nesta segunda-feira (7) que não ficará de braços cruzados diante de qualquer tentativa de discussão sobre suas "medidas de autodefesa" no Conselho de Segurança das Nações Unidas, numa aparente referência aos recentes testes de mísseis.
Reino Unido, França e Alemanha pediram para esta terça uma reunião do Conselho a portas fechadas, na qual será discutido o lançamento de mísseis de uma plataforma marítima, argumentando que esses testes constituem uma "violação grave" das resoluções das Nações Unidas.
O embaixador da Coreia do Norte na ONU, Kim Song, destacou que a apresentação deste assunto no Conselho levará seu país ao "desejo de defender nossa soberania".
O alerta ocorre dois dias após o fracasso das negociações com os Estados Unidos sobre o programa nuclear de Pyongyang, na Suécia, a primeira reunião após meses de estagnação depois do fiasco do encontro entre o líder norte-coreano, Kim Jong Un, e o presidente Donald Trump em Hanói, Vietnã, em fevereiro passado.
O diplomata norte-coreano pediu aos três países europeus que analisem se este é um momento oportuno para tais ações. "Sabemos bem que os Estados Unidos estão por trás dessas decisões impuras" de seus aliados.
Segundo o diplomata, essas potências europeias devem saber que a Coreia do Norte "nunca pode ficar de braços cruzados" na tentativa de abordar a questão das "medidas de autodefesa".
As Nações Unidas mantêm atualmente três pacotes de sanções econômicas à Coreia do Norte. A mais severa data de 2017 devido a um teste atômico e de um míssil de longo alcance.