Coreia do Norte: Ataques sofisticados geraram US$ 2 bilhões ao país que teria sido investido em armas, diz relatório da ONU (Danish Siddiqui/Reuters)
Reuters
Publicado em 5 de agosto de 2019 às 19h23.
Última atualização em 5 de agosto de 2019 às 19h24.
ONU — A Coreia do Norte gerou estimados 2 bilhões de dólares para seus programas de armas de destruição em massa se utilizando de ataques virtuais "amplos e de sofisticação cada vez maior" para roubar de bancos e corretoras de criptomoedas, de acordo com um relatório confidencial da ONU visto pela Reuters nesta segunda-feira.
O governo de Pyongyang também "continuou a aprimorar seus programas nuclear e de mísseis embora não tenha conduzido um teste nuclear ou lançamento de Míssil Balístico Intercontinental", dizia o documento dirigido ao comitê de sanções para a Coreia do Norte do Conselho de Segurança da ONU, composto por especialistas independentes que monitoram o cumprimento das medidas nos últimos seis meses.
A missão norte-coreana na ONU não respondeu a um pedido de comentários sobre o relatório, que foi submetido ao comitê do Conselho de Segurança na semana passada.
Os especialistas disseram que a Coreia do Norte "utilizou o ciberespaço para lançar ataques cada vez mais sofisticados para roubar fundos de instituições financeiros e corretoras de criptomoedas para gerar receitas".
A internet também foi utilizada para lavar o dinheiro roubado, dizia o documento.
"Os ciber-agentes da República Democrática Popular da Coreia, muitos deles operando sob a direção do Gabinete de Reconhecimento Geral, levantam dinheiro para seus programas de armas de destruição em massa, chegando a dois bilhões de dólares americanos", dizia o relatório.
A Coreia do Norte é formalmente conhecida por República Democrática Popular da Coreia. O Gabinete de Reconhecimento Geral é uma importante agência de inteligência militar norte-coreana.