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Coreia do Norte: Lançamento em Guam ocorrerá até meio de agosto

Os mísseis a serem lançados sobrevoarão Shimane, Hiroshima e Kochi, no Japão, durante cerca de 17 minutos e chegarão a zonas marítimas

População da Coreia do Norte assiste à programa sobre lançamentos de mísseis realizados no país (Chung Sung-Jun/Getty Images)

População da Coreia do Norte assiste à programa sobre lançamentos de mísseis realizados no país (Chung Sung-Jun/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de agosto de 2017 às 20h21.

São Paulo - Apesar das recentes ameaças dos Estados Unidos, a Coreia do Norte afirmou que o plano de lançar mísseis no território de Guam, que é administrado por Washington, continua em vigor e será executado até o meio de agosto.

A declaração foi feita pelo general do Exército norte-coreano, Kim Rak Gyom, que comanda as forças estratégicas do regime de Kim Jong-un.

"Nossas forças estratégicas estão bastante determinados a demonstrar, sem receios, a todo o mundo o nosso poder, que foi fortalecido pelas forças armadas nucleares, por meio de ações militares contra as bases agressoras do império Yankee", disse o general norte-coreano.

Em uma declaração emitida na manhã desta quinta-feira (horário local), ele comentou que os mísseis a serem lançados sobrevoarão Shimane, Hiroshima e Kochi, no Japão, durante cerca de 17 minutos e chegarão a zonas marítimas nas proximidades de Guam.

Na quarta-feira, o secretário de Defesa dos EUA, James Mattis, respondeu às ameaças anteriores de Pyongyang, dizendo que Kim Jong-un deveria atender à "voz única" do Conselho de Segurança das Nações Unidas e que o regime norte-coreano sairia perdendo em qualquer conflito que iniciasse.

Na tarde de terça-feira, o presidente americano, Donald Trump, interrompeu seu período de férias para dizer que a Coreia do Norte enfrentaria "fogo e fúria jamais vistos no mundo" caso continuasse a ameaçar Washington.

A fala de Trump também foi comentada pelo general Gyom. Segundo ele, o presidente americano "não entendeu o rumo da situação atual, e está nos incitando ainda mais a atirar os nossos [mísseis] Hwasong. Ele não traduziu nossa declaração. Chegamos à conclusão de que é impossível fazer um diálogo com quem é desprovido de razão. Temos que tratá-lo com força absoluta", disse. De acordo com o general, a Coreia do Norte segue observando as palavras ditas por representantes dos EUA.

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