EXAME.com (EXAME.com)
Gabriela Ruic
Publicado em 4 de dezembro de 2014 às 10h20.
São Paulo – A Coreia do Norte está se esforçando para modernizar a sua imagem ante o mundo. Para tanto, está apostando em um site de turismo para promover o país e encorajar as visitas de estrangeiros.
Logo de cara, quem acessa é recebido por uma animação que exibe a localização da Coreia do Norte no globo. Mostra também importantes pontos turísticos do país, como a Torre Juche, que fica na capital Pyongyang, e o resort de esqui, Masikryong.
Logo abaixo, há links que prestam informações gerais. A flor oficial da Coreia do Norte, por exemplo, é o crisântemo e a ave é o Açor. Mas a mais importante das informações talvez seja aquela que fala sobre a orientação ideológica do país, que se classifica como socialista.
No que diz respeito às relações exteriores, o governo explica que “os ideais básicos são a paz e a amizade”. Já sobre a economia da Coreia do Norte, o país alega que ela é independente, não visa escravizar os outros e que é baseada na indústria e na agricultura.
O site conta com imagens que tentam criar uma atmosfera de felicidade e acolhimento. Há fotos que mostram montagens de crianças no meio de girassóis ou muito felizes por estarem saboreando a culinária típica de sua pátria.
Segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap, é possível ainda conferir preços de passagens, hotéis de luxo e diferentes pacotes turísticos para o destino, com saídas de lugares como China e Rússia.
Totalmente produzido em coreano, usuários podem compreender o conteúdo com o auxílio de um tradutor, como aquele do Google Chrome. Não há informações sobre a possibilidade de o site ser traduzido para outros idiomas.
Coreia do Norte
O país vive um momento delicado no âmbito internacional, especialmente por conta de acusações de que autoridades norte-coreanas violam leis humanitárias e que têm cometido crimes contra a humanidade.
A Organização das Nações Unidas (ONU) atualmente conduz uma investigação na qual estuda levar líderes do país ao Tribunal Penal Internacional (TPI). Para tanto, conta com a ajuda de testemunhas importantes que conseguiram fugir da Coreia do Norte, como o ativista Shin Dong-hyuk.
Ele é a única pessoa de que se tem notícia que conseguiu escapar do que é considerado o pior campo de trabalho forçado em todo o país e no qual a maioria dos prisioneiros nascem e jamais são libertados.