Torre de resfriamento de Yongbyon, na Coreia do Norte, em 2008: "não temos dados que provem que o reator foi reativado", completou a fonte russa (AFP)
Da Redação
Publicado em 12 de setembro de 2013 às 09h39.
Moscou - A Coreia do Norte realiza obras no reator nuclear de Yongbyon, que se encontra em um "estado espantoso" e poderia provocar "uma catástrofe" na península coreana, afirmou uma fonte russa citada por agências de notícias.
"Não temos dados que provem que o reator foi reativado", completou a fonte russa, em referência a afirmações de um instituto de pesquisas americano.
"É evidente que acontecem obras no local há algum tempo. Alguns sinais mostram que pretendem reativar o reator", disse a fonte diplomática.
"O reator construído nos anos 50 se encontra em um estado espantoso", disse, antes de acrescentar que Moscou está preocupado com uma eventual reativação do reator.
"Isto poderia ter consequências terríveis para a península coreana, provocar uma catástrofe", afirmou.
A Coreia do Norte parece ter reiniciado um reator que produz plutônio, confirmando a ameaça de incrementar seu arsenal nuclear, informou na quarta-feira o Instituto EUA-Coreia da Universidade Johns Hopkins.
Imagens de satélite obtidas em 31 de agosto revelam um vapor branco saindo de um prédio próximo ao reator nuclear de plutônio de cinco megawatts em Yongbyon, destaca o Instituto.
A Coreia do Norte "parece ter colocado em operação o reator", escreveram os pesquisadores Nick Hansen e Jeffrey Lewis no blog do Instituto, '38 North'.
O reator "é capaz de produzir seis quilos de plutônio ao ano, que podem ser usados por Pyongyang para incrementar lentamente o volume de seu arsenal nuclear".
A Coreia do Norte disse em abril que voltaria a colocar em funcionamento todas as suas instalações de Yongbyon para "reforçar em qualidade e quantidade seu arsenal nuclear".
O anúncio ocorre em um período de elevada tensão internacional devido à política nuclear da Coreia do Norte, que desafiou a comunidade internacional a realizar um terceiro teste nuclear, em fevereiro passado, e ameaçou atacar os Estados Unidos por sua dura reação à prova atômica.