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Coreia do Norte expulsa chefe de ONG contra fome

Nos anos 1990, centenas de milhares de norte-coreanos morreram de inanição em resultado de uma escassez de alimentos devastadora


	Fome: Pyongyang ainda depende do auxílio de organizações humanitárias estrangeiras
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Fome: Pyongyang ainda depende do auxílio de organizações humanitárias estrangeiras (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2015 às 12h39.

Seul - A Coreia do Norte expulsou sem explicações a diretora local da Welthungerhilfe (Ajuda para a Fome Mundial, em alemão), uma das poucas entidades de ajuda humanitária operando no país isolado, o que atraiu protestos do governo alemão.

Nos anos 1990, centenas de milhares de norte-coreanos morreram de inanição em resultado de uma escassez de alimentos devastadora.

A situação melhorou desde então, mas Pyongyang ainda depende do auxílio de organizações humanitárias estrangeiras.

No final de fevereiro a Coreia do Norte pediu a Regina Feindt, diretora da Welthungerhilfe no país, que partisse, sem aviso prévio nem explicação, informou a entidade em um comunicado nesta quinta-feira.

“A Welthungerhilfe não vê nada no comportamento da senhora Feindt que justificaria uma expulsão”, argumentou a organização na declaração.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores alemão disse que o governo está ciente das expulsões e que, em reação, convocou o embaixador norte-coreano a Berlim em duas ocasiões. O embaixador alemão na Coreia do Norte também apresentou uma queixa ao Ministério das Relações Exteriores em Pyongyang.

“Consideramos que estes incidentes nem ajudam os esforços da ONG para melhorar a situação dos cidadãos da República Democrática do Povo da Coreia (nome oficial do país) nem nosso diálogo bilateral em geral”, declarou o porta-voz, Konrad Lax, em um comunicado enviado por e-mail à Reuters.

A ONG afirmou que Feindt deixou a Coreia do Norte no dia 26 de fevereiro. Um de seus colegas, Karl Fall, que trabalhou no país durante 12 anos, saiu por vontade própria em 19 de março. Nenhum deles estava disponível para comentar, disse a Welthungerhilfe.

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