Kim Jong Un: Coreia do Norte afirmou no dia 6 de janeiro ter testado uma bomba de hidrogênio (Kyodo / Reuters)
Da Redação
Publicado em 16 de janeiro de 2016 às 13h56.
Seul/Tóquio - A Coreia do Norte exigiu neste sábado a conclusão do tratado de paz com os Estados Unidos e uma interrupção dos exercícios militares norte-americanos com a Coreia do Sul para encerrar seus testes nucleares.
O vice secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse, no entanto, que Pyongyang precisa demonstrar em ações que leva a sério a desnuclearização para que qualquer diálogo tenha início.
"Infelizmente temos agora uma década durante a qual a Coreia do Norte reverteu totalmente suas obrigações para com a comunidade internacional no que se refere a programas nucleares e de mísseis", disse Blinken em entrevista à imprensa em Tóquio.
"Portanto é muito difícil levar qualquer proposta vinda deles muito a sério, particularmente após seu quarto teste nuclear", disse ele, após reunião com os colegas do Japão e Coreia do Sul.
A Coreia do Norte afirmou no dia 6 de janeiro ter testado uma bomba de hidrogênio, provocando condenações por parte de seus vizinhos e dos Estados Unidos.
O Estado isolado busca há muito tempo um tratado de paz com os Estados Unidos, bem como um fim dos exercícios da Coreia do Sul e dos EUA, que tem cerca de 28.500 tropas baseadas na Coreia do Sul. "Ainda são válidas todas as propostas pela preservação da paz e da estabilidade na península e no Nordeste asiático, incluindo aquelas pelo cessar de nossos testes nucleares e a conclusão do tratado de paz em troca da interrupção dos exercícios militares por parte dos EUA", disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país neste sábado segundo a agência de notícias oficial norte-coreana KCNA.
Perguntado se os EUA considerariam interromper os exercícios conjuntos, o porta-voz do Departamento de Estado John Kirby afirmou ter comprometimentos em aliança com a Coreia do Sul.
"Continuaremos garantindo que a aliança esteja pronta para agir em defesa do povo da Coreia do Sul e da segurança da península", disse ele à imprensa.