Míssil: o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, condenou o teste de míssil balístico e disse que ele viola resoluções do Conselho de Segurança, além de ameaçar a paz e a segurança na região (KCNA/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 15 de maio de 2017 às 15h48.
Última atualização em 15 de maio de 2017 às 17h51.
Pequim - O embaixador da Coreia do Norte para a China, Ji Jae Ryong, afirmou a repórteres que o teste de míssil realizado por Pyongyang no fim de semana é parte dos esforços do país para desenvolver meios de se defender contra agressões hostis do exterior.
O embaixador disse que mais testes podem ser realizados no futuro, caso o líder supremo julgue que eles são necessários.
O lançamento feito no domingo pela Coreia do Norte foi de um míssil balístico de média distância, que pode levar uma ogiva nuclear, segundo a própria Coreia do Norte.
Ji repetiu a afirmação de autoridades norte-coreanas de que Pyongyang conseguiu com sucesso desarticular um plano dos EUA para matar o líder norte-coreano, Kim Jong Un, com veneno bioquímico no mês passado.
A agência de notícias estatal norte-coreana disse que o míssil disparado pode levar uma pesada ogiva nuclear.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Antonio Guterres, condenou o teste de míssil balístico e disse que ele viola resoluções do Conselho de Segurança, além de ameaçar a paz e a segurança na região.
Porta-voz da ONU, Stephane Dujarric disse que Guterres pediu à Coreia do Norte que cumpra suas obrigações internacionais e volte a caminhar para o abandono das armas nucleares.
O embaixador da França na ONU, François Felattre, afirmou que os membros do Conselho de Segurança trabalham para impor novas sanções contra a Coreia do Norte, a fim de reforçar as medidas já existentes contra o país.
O Conselho de Segurança deve ter reunião a portas fechadas sobre o teste de míssil nesta terça-feira.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, condenou o teste norte-coreano. "Não há nada de bom nisso", comentou sobre o lançamento.
Putin defendeu a retomada do diálogo com a Coreia do Norte e o "fim da intimidação" contra o país, além da busca de soluções pacíficas no caso.