Seul - A Coreia do Norte não está interessada em dialogar com os Estados Unidos ao mesmo estilo das negociações iranianas com os EUA para abrir mão de suas capacidades nucleares, informou o Ministério de Relações Exteriores do país isolado em nota nesta terça-feira.
O comunicado disse ainda que o programa nuclear da Coreia do Norte é uma "intimidação essencial" contra as políticas externas norte-americanas em relação ao país recluso, vistas pelo governo da Coreia do Norte como hostis.
"Não é lógico comparar nossa situação com o acordo sobre o programa nuclear iraniano porque estamos sempre sujeitos a hostilidades provocativas do Exército norte-americano, incluindo grandes exercícios militares conjuntos e uma grave ameaça nuclear", disse a nota, que foi divulgada pela mídia estatal, mas atribuída a um porta-voz do ministério.
Os Estados Unidos e cinco potências mundiais fecharam um acordo histórico com o Irã na semana passada que limitará as capacidades nucleares iranianas em troca de alívio nas sanções.
O acordo iraniano foi uma grande vitória política para o presidente dos EUA, Barack Obama, que há tempos promete chegar até inimigos históricos, incluindo a Coreia do Norte.
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1. Armada e perigosa
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1/12 (Reuters)
São Paulo – No início desta semana, a
Coreia do Norte alegou ter realizado um teste com míssil balístico submarino e que, em tese, teria sido desenvolvido sob o olhar atento e especializado de Kim Jong-Un, o "líder supremo" do país. Os
Estados Unidos prontamente negaram que tal teste sequer tenha acontecido, e ainda esnobaram que seja possível o país tenha a capacidade para produzir este tipo de
arma. A
Coreia do Sul, por sua vez, foi mais cautelosa e avaliou que sua vizinha do norte pode sim estar desenvolvendo mísseis submarinos, mas que provavelmente ainda está na primeira fase do projeto. Bom, ninguém pode determinar qual o tamanho real da ameaça que a Coreia do Norte representa para a segurança da sua região e do resto do planeta, mas análises compiladas por EXAME.com produzidas por diferentes governos e entidades internacionais revelam um pouco da estrutura da Defesa do país. Confira nas imagens.
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2. Possui um dos maiores arsenais de armas químicas do mundo
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2/12 (Kcna/AFP)
Pois é, segundo análise da entidade Nuclear Threat Initiative (
NTI), que trabalha em prol da segurança global contra armas nucleares, biológicas e químicas, a Coreia do Norte é dona do 3º maior arsenal de armas químicas do planeta, atrás dos Estados Unidos e da Rússia. De acordo com a entidade, que cita dados do governo da Coreia do Sul, os norte-coreanos possuem cinco mil toneladas métricas de armas químicas que incluem o sarin, considerado pela ONU como uma “arma de destruição em massa”, e agentes formulados a partir do gás mostarda, que pode causar a morte de uma pessoa em apenas cinco minutos. Ainda de acordo com a NTI, o país consta entre aqueles que assinaram o chamado Protocolo de Genebra, que proíbe o uso de armas químicas em situações de guerra. Contudo, lembrou a entidade, não assinou a Convenção de Armas Químicas, um documento da ONU que exige que seus signatários declarem e destruam suas armas químicas.
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3. E é possível que tenha mais armas nucleares do que se imaginava
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3/12 (KNS/AFP)
Uma reportagem do jornal
The Wall Street Journal, publicada em abril e baseada em informações compiladas pelo governo da China, revelou que a Coreia do Norte tem muito mais armas nucleares do que imaginava o governo dos EUA. De acordo estimativas dos chineses, os norte-coreanos possuem cerca de 20 ogivas nucleares e podem dobrar este arsenal até o final do ano que vem. Até então, a expectativa dos EUA era a de que a Coreia do Norte tivesse no máximo 16 armas como estas. Ainda de acordo com os especialistas ouvidos pela reportagem, tal quantidade é suficiente para que o país seja encarado como uma ameaça regional.
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4. Cavou túneis para invadir a Coreia do Sul
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4/12 (Reuters)
Nos anos 70, informou o
Global Security (GS), site especializado em análises militares, Kim Il-Sung, então líder do país, ordenou que todas as divisões do exército mantivessem ao menos dois túneis na chamada Zona Desmilitarizada (DMZ) que pudessem levar até a Coreia do Sul. Muitos jamais foram construídos, mas ao menos três não apenas se concretizaram como ainda eram de conhecimento da ONU. Um deles, descoberto em 1974, estava a 45 metros da superfície, tinha 3,5 quilômetros de extensão e estava numa rota que poderia deixar os soldados do norte a apenas 65 quilômetros de distância da capital Seul. Recentemente, em 1990, outro túnel foi descoberto. Ainda de acordo com o GS, este estava a 145 metros da superfície, tinha pouco mais de dois quilômetros de extensão e estava a apenas 26 quilômetros de distância da cidade de Yangju.
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5. Seus equipamentos são antiquados
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5/12 (Ed Jones/AFP)
A maioria dos equipamentos usados pelo país foi produzida na antiga União Soviética e também na China,
revelou um documento do Departamento de Defesa dos EUA. E aqueles feitos internamente tiveram os seus designs inspirados na produção bélica das décadas de 50, 60 e 70 destes locais.
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6. ...mas seu programa de mísseis é ambicioso
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6/12 (Ed Jones/AFP)
O programa de mísseis da Coreia do Norte é classificado como “ambicioso” pelo
documento americano. O país teria desenvolvido modelos capazes de atingir alvos na Coreia do Sul, no Japão e outros pontos no oceano Pacífico.
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7. As aeronaves são soviéticas
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7/12 (KCNA/Reuters)
Ainda segundo a investigação conduzida pelo governo dos EUA, os equipamentos mais poderosos da Força Aérea do país são os modelos MiG-29 comprados da União Soviética nos anos 80. A última aquisição em aeronaves aconteceu já em 1999, com a compra de modelos usados do Cazaquistão. Na imagem, o "líder supremo" é visto inspecionando uma aeronave militar.
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8. e a Marinha é pequenina...
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8/12 (Reuters)
O governo do país parece não ter feito grandes esforços para modernizar a sua Marinha, que é vista pelos EUA como a menor entre as organizações de Defesa do país. A frota até conta com muitas embarcações, porém estas são consideradas como antiquadas pelos americanos.
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9. ...só que sobram submarinos
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9/12 (Reuters)
A vantagem da Marinha da Coreia do Norte, contudo, está no tamanho da frota de submarinos, que, por sua vez, é vista pelos EUA como uma das maiores do planeta. Estes equipamentos não são muito sofisticados, mas, de acordo com o documento, são ”duráveis”.
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10. Guerras cibernéticas
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10/12 (Thinkstock)
Os EUA acreditam que a Coreia do Norte conta com uma divisão dedicada totalmente aos ciberataques e que estaria ativa desde 2009. Ainda de acordo com o documento, esta seria uma ferramenta produtiva do país para a coleta de informações sigilosas de seus inimigos.
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11. Contingente de militares
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11/12 (Ed Jones/AFP/Getty Images)
De acordo com informações do
site Global Firepower, existem atualmente 690 mil militares ativos no país e quase 13 milhões de pessoas que estariam prontas para batalha, na ocasião de uma guerra.
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12. Agora conheça os lugares mais perigosos do mundo
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12/12 (Fergregory/Thinkstock)