Coreia do Norte: funcionários do ministério norte-coreano da Segurança de Estado também teriam sido executados (Feng Li/Getty Images)
AFP
Publicado em 3 de fevereiro de 2017 às 08h44.
O dirigente norte-coreano Kim Jong-Un demitiu o chefe do serviço de inteligência, acusado de abuso de poder, e ordenou a execução de vários funcionários do departamento, informou o ministério sul-coreano da Unificação.
O ministro norte-coreano da Segurança de Estado, Kim Wong-Hong, foi destituído em meados de janeiro após uma investigação por corrupção e abuso de poder em sua pasta, afirmou Jeong Joon-Hee, porta-voz do ministério sul-coreano.
"Kim Jong-Un demitiu Kim Won-Hong, um de seus conselheiros próximos, que participou em seu reinado de terror", disse, antes de acrescentar que o general de quatro estrelas foi rebaixado à patente de general de uma estrela.
Uma fonte do ministério sul-coreano da Unificação, que pediu anonimato, afirmou que um número indeterminado de funcionários do ministério norte-coreano da Segurança de Estado foram executados.
Um expurgo deste nível poderia agravar a instabilidade na Coreia do Norte, ao provocar preocupação entre a elite do regime, destacou a fonte.
O ministério da Segurança de Estado é responsável pela vigilância da população, a luta contra os dissidentes e a gestão dos campos de prisioneiros políticos.
No cargo desde 2012, Kim Won-Hong teve papel importante na detenção por traição e na execução do tio do líder norte-coreano Jang Song-Thaek, que foi o número dois do regime, em dezembro de 2013.
A demissão de Kim Won-Hong não foi confirmada pela imprensa oficial norte-coreana.
A NK News, veículo independente especializado na Coreia do Norte, destaca que a imprensa oficial norte-coreana informou em 2016 apenas três aparições públicas Kim Won-Hong, a última delas em junho, contra 32 registradas em 2013.