Coreia do Norte: agência estatal afirmou que o homem, também conhecido como Tony Kim, está detido enquanto seus "crimes" estão sendo investigados (Damir Sagolj/Reuters)
EFE
Publicado em 3 de maio de 2017 às 07h51.
Seul - A Coreia do Norte confirmou nesta quarta-feira a prisão de cidadão de nacionalidade americana, ocorrida no último dia 22 de abril, em Pyongyang, acusado de cometer "atos criminais hostis" contra o regime liderado por Kim Jong-un.
O homem, de aproximadamente 50 anos, e que foi identificado como Sang-duk Kim, foi detido no aeroporto da capital norte-coreana, segundo uma nota publicada pela agência estatal de notícias "KCNA".
"Ele foi interceptado por cometer atos criminosos de hostilidade destinada a derrubar a República Democrática Popular da Coreia (nome oficial da Coreia do Norte) não somente no passado, mas também durante sua última estadia antes da detenção", afirma a nota.
A prisão de Kim foi anunciada no dia 23 de abril, pelas autoridades de Seul, enquanto que a Universidade de Ciência e Tecnologia de Pyongyang confirmou que a detenção tinha ocorrido quando ele estava prestes a deixar o país após ter atuado como professor neste centro de ensino.
Além disso, a agência estatal afirmou que o homem, também conhecido como Tony Kim, está detido enquanto seus "crimes" estão sendo investigados.
Kim era um ex-professor da Universidade de Ciência e Tecnologia de Yanbian (YUST), que abriu em Pyongyang, em 2010, um projeto conjunto co-financiado com fundos de igrejas evangélicas dos EUA e China.
Este é o terceiro cidadão americano que se encontra preso pelo pelo regime norte-coreano, ao lado de Kim Dong-chul (também de origem coreana), capturado na fronteira com China, e o estudante Otto Warmbier, que tentou roubar um cartaz de propaganda no hotel de Pyongyang, onde estava hospedado como turista.
A prisão ocorre em um momento de grande tensão na península coreana, diante dos repetidos testes de armas de Pyongyang.
Por isso, existe o temor que o regime norte-coreano use Kim como moeda de troca em negociação com os EUA, como fez em ocasiões anteriores com presos desta nacionalidade.