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Coreia do Norte confirma existência de grande usina para enriquecer urânio

Jornal da Coreia do Norte diz que o regime comunista de Pyongyang levará adiante suas atividades de enriquecimento de urânio com "propósitos pacíficos"

Pyongyang confirma existência de usina nuclear, em meio a manobras conjuntas de EUA e Coreia do Sul  (Chung Sung-Jun/Getty Images)

Pyongyang confirma existência de usina nuclear, em meio a manobras conjuntas de EUA e Coreia do Sul (Chung Sung-Jun/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2010 às 05h18.

Seul - A Coreia do Norte possui uma usina de enriquecimento de urânio com "milhares" de centrífugas e está em processo de construir um reator nuclear de água leve, publicou nesta terça-feira o periódico norte-coreano "Rodong Sinmun".

O diário, pertencente ao Partido dos Trabalhadores, afirma que o regime comunista de Pyongyang levará adiante suas atividades de enriquecimento de urânio com "propósitos pacíficos", para enfrentar "a necessidade de energia".

A informação, que tinha sido adiantada por um cientista americano neste mês, foi divulgada pelo jornal norte-coreano e recolhida pela agência estatal "KCNA" em plena crise com a Coreia do Sul, após o ataque de Pyongyang a uma ilha sul-coreana, o que deixou quatro mortos na última semana.

Coreia do Sul e Estados Unidos suspeitavam há anos da existência de um programa de enriquecimento de urânio na Coreia do Norte, algo que o regime comunista negou até 2009, quando assegurou estar na "última fase" para obter urânio enriquecido.

A publicação desta terça-feira acontece em meio a manobras conjuntas de EUA e Coreia do Sul nas tensas águas do Mar Amarelo, na fronteira entre as duas Coreias, que não é reconhecida por Pyongyang.

Os exercícios militares, que começaram no domingo e se prolongarão até a quarta-feira, são considerados uma resposta ao ataque contra a ilha de Yeonpyeong.

No meio da tensão na península, a China, o principal e quase único aliado da Coreia do Norte, propôs uma reunião dos negociadores nucleares do diálogo de seis lados (China, Coreias, Japão, EUA e Rússia) para tratar do ataque.

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