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Da Redação
Publicado em 3 de abril de 2013 às 07h03.
Seul - A Coreia do Norte interrompeu nesta quarta-feira (data local) a entrada rotineira dos trabalhadores sul-coreanos ao complexo industrial de Kaesong, o único projeto de cooperação entre as duas Coreias situado no território do Norte, informou o governo sul-coreano.
Apesar das recentes ameaças de Pyongyang de fechar o complexo industrial, até o momento o regime de Kim Jong-un tinha autorizado a entrada e saída de trabalhadores e veículos com carga da Coreia do Sul pela passagem através da zona desmilitarizada que divide os dois países.
'Não recebemos resposta da Coreia do Norte', disse à Agência Efe uma porta-voz do Ministério da Unificação de Seul que, como em todas as manhãs, formulou via telefone a correspondente solicitação a Pyongyang para que deixe centenas de empregados sul-coreanos atravessarem a fronteira.
A porta-voz, que garantiu que o ministério ainda está esperando a resposta do Norte, descartou ter conhecimento de alguma incidência em relação aos trabalhadores sul-coreanos que permanecem em Kaesong desde dias anteriores, e confirmou que o complexo opera com normalidade.
A paralisação da passagem ao complexo de Kaesong coincide com um momento de tensão. A Coreia do Norte vem fazendo uma prolongada campanha de ameaças contra Seul e Washington.
Como parte desta ofensiva retórica, Pyongyang ameaçou no sábado em fechar o complexo industrial de Kaesong, algumas horas depois de ter anunciado estar em 'estado de guerra' com o Sul.
Situado no sudeste do território norte-coreano e próximo da fronteira com o Sul, o complexo industrial de Kaesong abriga 123 empresas sul-coreanas, que fabricam diversos produtos aproveitando o baixo custo da mão-de-obra do país comunista.
Por outro lado, a Coreia do Norte obtém do complexo receitas que fornecem um importante sustento para a sua economia, em crise permanente desde os anos 1990.
As duas Coreias permanecem tecnicamente em conflito, já que a Guerra da Coreia (1950-53) terminou com um armistício que não foi substituído até hoje por um tratado de paz definitivo. EFE