Coreia do Norte: a Coreia do Norte defende que o seu programa nuclear e de mísseis pretende apenas dissuadir uma eventual invasão dos EUA (Damir Sagolj/Reuters)
EFE
Publicado em 7 de agosto de 2017 às 22h40.
Seul - A Coreia do Norte ameaçou nesta terça-feira (data local) empreender "medidas estratégicas" e "ações físicas" após as sanções adotadas no sábado contra o país por parte do Conselho de Segurança da ONU, às quais qualificou de "ilegais" e de "ato terrorista".
Em um comunicado, Pyongyang voltou a criticar as últimas sanções que a ONU decidiu como medida punitiva pelos seus testes de mísseis, e lançou novas ameaças contra os Estados Unidos, seu principal impulsor, e os demais países que as apoiaram.
"Não devem esquecer que (a Coreia do Norte) está disposta a empreender, sem duvidar, medidas estratégicas, incluindo medidas físicas, que mobilizem todo o nosso poder nacional", disse um porta-voz do Comitê Norte-Coreano para a Paz da Ásia-Pacífico, em declarações publicadas pela agência estatal "KCNA".
Esse comitê, filiado ao Partido Norte-Coreano dos Trabalhadores, também acusou os Estados Unidos de "forçar outros países a adotar as sanções através do medo", e tachou a resolução da ONU de "ato terrorista" e "documento ilegal".
Em outro comunicado divulgado hoje pela "KCNA", o regime liderado por Kim Jong-un também censurou Seul por realizar manobras com fogo real perto da fronteira ocidental com o Norte, e ameaçou o país vizinho com "transformar as ilhas fronteiriças do oeste, e inclusive Seul, em um mar de chamas".
Estas declarações de Pyongyang são divulgadas depois, que na véspera, o regime se pronunciou pela primeira vez de forma direta sobre o duro pacote de sanções aprovadas pela ONU no sábado, através de um comunicado em que criticava tais medidas e ameaçava tomar represálias contra os Estados Unidos.
A Coreia do Norte defende que o seu programa nuclear e de mísseis pretende apenas dissuadir uma eventual invasão dos Estados Unidos, país com o qual se mantém tecnicamente em guerra há mais de 60 anos.
As sanções da ONU chegam em resposta ao primeiro míssil balístico intercontinental que a Coreia do Norte lançou em sua história, no último dia 4 de julho, um marco ao que se seguiu o lançamento de um segundo projétil deste tipo em 28 de julho.