Ilha de Guam: Estas ações "reforçam a nossa determinação sobre a necessidade de domar os Estados Unidos com fogo", disse o porta-voz norte-coreano (Erik De Castro/Reuters)
EFE
Publicado em 13 de outubro de 2017 às 09h44.
Seul - A Coreia do Norte voltou a ameaçar nesta sexta-feira disparar mísseis perto da ilha de Guam perante o desdobramento militar de Washington na região, no mesmo dia em que EUA e Seul anunciaram outras manobras navais em águas da península coreana.
"Já advertimos em várias ocasiões que tomaremos medidas de auto-defesa, incluindo uma salva de mísseis em águas próximas ao território americano de Guam", aponta um comentário divulgado pela agência norte-coreana "KCNA", onde acusa Washington de "fazer constantes ações militares em zonas sensíveis" próximas à península coreana.
Estas ações "reforçam a nossa determinação sobre a necessidade de domar os Estados Unidos com fogo, e empurra nossas mãos para mais perto do gatilho para tomar as mais duras medidas", aponta o comentário.
O Governo de Donald Trump "está tratando de provocar a DPRK (siglas em inglês do nome oficial do país, República Democrática Popular da Coreia) com ações como desdobramento (bombardeiros) B-1B, porta-aviões e submarinos nucleares nas águas ao redor da península", acrescenta a nota.
A agência estatal norte-coreana publicou este comentário no mesmo dia em que as forças navais da Coreia do Sul e EUA anunciaram que farão manobras conjuntas de alto perfil em águas próximas à península coreana na próxima semana, com o objetivo de resistir à ameaça crescente de Pyongyang.
Os exercícios ocorrerão entre a próxima segunda-feira e o dia 26 no Mar de Japão e no Mar Amarelo (conhecidos respectivamente como "Mar do Leste "e "Mar do Oeste" nas duas Coreias), informou em um comunicado a sétima frota da marinha americana.
As manobras estão destinadas a reforçar as "comunicações e cooperação" entre ambos exércitos perante os desenvolvimentos armamentísticos da Coreia do Norte.
"Trata-se de exercícios regulares conjuntos para resistir à ameaça marítima norte-coreana e melhorar a colaboração das nossas forças armadas", apontou o vice-almirante sul-coreano Jung Jin-seop, comandante das operações navais do país asiático, em declarações recolhidas pela agência local "Yonhap".
As manobras acontecerão em uma época de alta tensão na península por causa do cruzamento de declarações entre o regime de Kim Jong-un e o de Trump, que deve visitar a região entre 2 e 14 de novembro.