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Coreia do Norte aceita convite russo de visita de Kim Jong

O líder norte-coreano deverá comparecer às comemorações do 70º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial


	Kim Jong-un não realizou nenhuma viagem ao exterior desde que assumiu o cargo em 2012
 (Reuters)

Kim Jong-un não realizou nenhuma viagem ao exterior desde que assumiu o cargo em 2012 (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2015 às 05h32.

Seul - A Coreia do Norte deu uma resposta positiva ao convite da Rússia para uma visita do líder Kim Jong-un a Moscou em maio, informou uma fonte diplomática de Seul citada nesta terça-feira pela agência sul-coreana "Yonhap".

"Foi confirmado que a Coreia do Norte deu uma resposta positiva ao convite do Kremlin para Kim Jong-un" para que compareça às comemorações do 70º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial, afirmou a fonte sul-coreana.

O diplomata de Seul disse, no entanto, que não está claro se o líder norte-coreano, que não realizou nenhuma viagem ao exterior desde que assumiu o cargo em 2012, escolherá a Rússia, ao invés da China, para sua primeira viagem oficial a outro país.

O convite do presidente russo, Vladimir Putin, enviado em dezembro para Kim, foi considerado como mais um sinal da aproximação entre o regime de Pyongyang e Moscou.

A visita poderia, no entanto, incomodar a China, histórico aliado e principal parceiro econômico do regime norte-coreano, com quem as relações esfriaram desde que Pyongyang realizou seu terceiro teste nuclear no início de 2013.

"Se Kim visitar à Rússia e comparecer à cerimônia, será uma situação incômoda, já que o líder norte-coreano e Xi Jinping (presidente da China) se sentarão na mesma mesa posta por Putin. Isso pode incomodar Pequim", afirmou a fonte diplomática sul-coreana.

A Coreia do Norte demonstrou seu apoio à Rússia no conflito da Ucrânia e, por sua vez, Pyongyang estreitou laços com Moscou para fortalecer sua posição internacional diante das últimas acusações de violações de direitos humanos.

Além disso, o governo russo quer contar com o apoio da Coreia do Norte para construir um gasoduto que leve energia à Coreia do Sul.

No mês de novembro, o número 3 do regime norte-coreano, Choe ryong-hae, foi à Rússia, onde se reuniu com o presidente Putin, que destacou a necessidade de uma maior aproximação entre os dois países.

"As relações coreano-russas vivem uma nova etapa. A visita do emissário demonstra claramente que nosso marechal (Kim Jong-un) dá muita importância para as relações entre os nossos países", disse então um membro da delegação norte-coreana. 

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