Sameh Shoukry: responsável pela presidência da COP27 anunciou a prorrogação da conferência até sábado, 19 de novembro (Andrew Burton/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 18 de novembro de 2022 às 16h12.
Última atualização em 18 de novembro de 2022 às 16h36.
A presidência egípcia da 27ª Conferência sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (COP27) lançou quatro iniciativas de soluções climáticas para aprimorar a ação global e garantir que os países sejam capazes de cumprir suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês) e as metas estabelecidas pelo Acordo de Paris.
A primeira proposta, focada em países da África e em desenvolvimento, visa a moldar o processo de planejamento e desenho de políticas econômicas, considerando o impacto das mudanças climáticas, quantificando os esforços feitos para mitigação e adaptação, além de identificar lacunas e necessidades de apoio.
A iniciativa propõe um conjunto de diretrizes e políticas para acelerar a adequação à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, ao Acordo de Paris e às NDCs.
A segunda propõe mudanças nos sistemas de transportes, a fim de descarbonizar e melhorar o cenário da mobilidade urbana. O objetivo é que a iniciativa seja implementada em diversas regiões do planeta para melhorar o acesso a soluções resilientes e de baixo carbono.
"Com mais da metade da população mundial vivendo em cidades, o transporte representa 37% das emissões de CO2 dos setores de uso final. À medida que a urbanização acelera no sul do planeta, melhorar o transporte e a mobilidade urbana está se tornando cada vez mais importante para enfrentar o desafio das emissões globais", afirmou o ministro de Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry, responsável pela presidência da COP27.
A terceira iniciativa busca identificar as barreiras que limitam as reduções de emissões urbanas - como edifícios, habitações, sistemas de abastecimento e resíduos - e adaptá-los, por meio de parcerias e colaborações com organizações do mundo todo, a fim de construir um sistema urbano mais resiliente.
Por fim, a quarta iniciativa, nomeada "Iniciativa Global de Resíduos 50 por 2050", pretende tratar e reciclar pelo menos 50% dos resíduos sólidos produzidos na África até 2050.
A proposta pretende engajar uma coalizão, formada por mais de 180 países do mundo, a fim de criar uma plataforma colaborativa que permita um tratamento holístico para os resíduos e contribua para o alcance desta meta.