#WE STILL IN: americanos protestaram na COP 23, afirmando que o mundo ainda pode contar com esforços de cidadãos do país, apesar das decisões políticas do presidente Donald Trump / Wolfgang Rattay/Reuters
Da Redação
Publicado em 17 de novembro de 2017 às 06h17.
Última atualização em 17 de novembro de 2017 às 07h05.
A Conferência do Clima COP 23 termina nesta sexta-feira, na cidade alemã de Bonn, depois de 11 dias de discussões multilaterais. Com a pressão para que se decida como viabilizar as metas do Acordo de Paris (que prevê que o planeta se aqueça no máximo 2ºC até 2030, em relação aos níveis pré-industriais) sem a presença dos Estados Unidos, os países acabaram firmando um acordo quase anti-Trump.
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Ao menos 20 países, dentre eles Reino Unido, Canadá, França e México, compuseram uma aliança para reduzir o uso do carvão — combustível fóssil e altamente poluente. O produto tem sido estimulado pela gestão do presidente Donald Trump, e por países como Indonésia e Vietnã, que também têm incentivado seu crescimento nas matrizes energéticas. A Alemanha se negou a integrar a aliança, bem como China e Rússia. O Brasil também não assumiu o protagonismo em discussões climáticas nesta edição da conferência.
Até a Polônia, que sediou a COP 19, em 2013, tem ampliado o uso do combustível. Este mês, o país assinou um contrato para receber carvão americano, e a ideia é que o país, que tem a matriz mais dependente de carvão na União Europeia, receba mais três carregamentos nos próximos sete meses, segundo informações do site Business Insider.
O anúncio da nova aliança anti-carvão foi feito na quinta-feira, e já teve algumas de suas medidas reveladas. Um fundo de investimento norueguês, por exemplo, que gerencia mais de 80 bilhões de dólares em ativos, está dificultando o repasse de verbas para 10 empresas que têm envolvimento com o setor de carvão, dentre elas a alemã RWE, a polonesa PGE e a sul-africana Eskom Holdings.
O combustível é responsável por 40% das emissões de gases poluentes do mundo — e os países estão mobilizados para minar seu uso, e dificultar a ascensão americana. Mas as divisões dentro da COP 23 mostram que o americano Donald Trump, mesmo longe de Bonn, conseguiu se fazer ouvir.