Hotel na Tunísia: ataques salientaram a ampla e crescente influência do grupo extremista Estado Islâmico (Reuters)
Da Redação
Publicado em 26 de junho de 2015 às 21h21.
Londres - Os ataques aconteceram um atrás do outro no espaço de algumas poucas horas. Na França, um corpo decapitado coberto de escritas árabes foi encontrado após um agressor ter colidido seu carro contra um tanque de gás, desencadeando uma explosão.
No Kuwait, um homem-bomba se explodiu em uma mesquita xiita lotada durante as preces de sexta-feira, matando mais de duas dezenas.
E, na Tunísia, pelo menos 37 pessoas morreram quando um homem armado abriu fogo em um popular hotel turístico. Não há provas de que os três ataques tenham sido deliberadamente coordenados.
Mas, acontecendo em um espaço de tempo tão curto no mesmo dia em três continentes diferentes, eles salientaram a ampla e crescente influência do grupo extremista Estado Islâmico, disseram políticos ocidentais.
O grupo radical, que reivindicou responsabilidade direta pelo ataque no Kuwait, claramente representa uma ameaça bem além de seu centro de poder na Síria e no Iraque.
O grupo pediu, nesta semana, para que seus seguidores aumentassem a frequência dos ataques contra cristãos, assim como contra muçulmanos xiitas e até mesmo sunitas que lutam junto a uma coalizão liderada pelos EUA.
Em 23 de junho, o porta-voz do Estado Islâmico, Abu Muhammad al-Adnani, pediu para que jihadistas tornassem o mês sagrado do Ramadã em uma época de “calamidade para os infiéis… xiitas e muçulmanos apóstatas.”
O Pentágono estava investigando se “estes vários e distantes ataques foram coordenados centralmente ou se foram ou não uma coincidência”, disse o porta-voz coronel Steve Warren, observando que o Estado Islâmico havia reivindicado responsabilidade por um dos ataques.
O Departamento de Estado dos EUA disse depois não haver indicação de coordenação em um nível tático, mas acrescentou que foram todos claramente “ataques terroristas”.