Navio australiano que participa nas operações de busca do voo MH370: o navio detectou dois novos sinais "compatíveis" com as emissões das caixas pretas do avião (LSIS BRADLEY DARVILL/AFP)
Da Redação
Publicado em 9 de abril de 2014 às 07h59.
Perth - O coordenador das operações de busca do voo MH370 da Malaysia Airlines revelou nesta quarta-feira que espera encontrar "em alguns dias" os destroços do Boeing 777-200 desaparecido desde 8 de março passado com 239 pessoas a bordo.
Angus Houston disse à imprensa que com a detecção dos sinais acústicos espera "ter uma pequena zona" delimitada que permita, "em alguns dias", encontrar "algo no fundo (do mar) que possa confirmar que este é o local onde se encontra o voo MH370".
Na mesma entrevista, Houston revelou que um navio australiano que participa das buscas no Oceano Índico detectou, em duas ocasiões, novos sinais "compatíveis" com as emissões das caixas pretas do avião.
"O Ocean Shield voltou a captar sinais, em duas ocasiões, na tarde e na noite de ontem (terça-feira)", disse Angus Houston em Perth, no oeste da Austrália, de onde coordena as operações internacionais de busca.
Os trabalhos de busca se concentram em um arco de 600 km no sul do Oceano Índico, bem distante da costa australiana.
Após mais de 30 dias, as buscas se tornaram uma corrida contra o tempo, já que as baterias das caixas pretas estão no fim.
Assim que o sinal das caixas pretas for situado com mais precisão, será enviado ao leito marinho um robô de fabricação americana, o Bluefin-21, para buscar os destroços do avião.
O Bluefin-21, um veículo submarino em forma de torpedo e de quase cinco metros de comprimento é equipado com um sonar. O robô é utilizado para detecção de minas, cartografia do solo marinho e busca arqueológica, entre outras missões.
Após o sonar do Bluefin-21 situar o sinal, o robô será trazido à superfície e receberá uma câmera para gravar os destroços no fundo do oceano.