Mundo

Cooperativa ligada ao PT paga dívida com computadores

A Bancoopteve dois computadores confiscados pela Justiça

Tesoureiro do PT, João Vaccari Neto é o ex-presidente da Bancoop (Roosewelt Pinheiro/AGÊNCIA BRASIL)

Tesoureiro do PT, João Vaccari Neto é o ex-presidente da Bancoop (Roosewelt Pinheiro/AGÊNCIA BRASIL)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2011 às 10h25.

Brasília - No banco dos réus por envolvimento de ex-dirigentes em supostos desvios, a Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) - fundada nos anos 90 por um núcleo do PT - teve dois computadores confiscados pela Justiça. A sentença, da 9.ª Vara Cível de Santana, garante a execução de uma dívida da entidade com um advogado no valor de R$ 2.671,22.

A origem da demanda foi uma ação que a própria Bancoop ajuizou contra um cooperado a quem atribuía inadimplência de R$ 22,4 mil. Ela perdeu e foi condenada à sucumbência, obrigada a quitar honorários de Walter Picazio Júnior, advogado do cooperado.

O dinheiro é indicado como bem preferencial para a penhora e satisfação do credor, segundo o artigo 655 do Código de Processo Civil. A Justiça deferiu o bloqueio de ativos financeiros por meio do sistema Bacen-Jud, canal direto do Banco Central e o Judiciário. O BC constatou que não havia saldo no caixa da cooperativa - de cujos cofres, segundo o Ministério Público, teriam sido desviados R$ 100 milhões, de 2004 a 2009.

“Certifico e dou fé que o resultado do bloqueio on line Bacen-Jud restou infrutífero”, assinalou o oficial de Justiça. Para resolver a pendência, a Justiça expediu mandado de “avaliação de tantos bens quantos bastem para satisfação da dívida”. O oficial arrestou dois computadores.

A Bancoop protestou, pediu levantamento da penhora e perdeu de novo. “A executada é pessoa jurídica e não demonstrou que os computadores penhorados são os únicos de sua propriedade a ponto de a constrição inviabilizar o exercício de suas atividades. Não ofereceu qualquer bem em substituição aos já penhorados, ficando indeferidas as suas procrastinatórias alegações.”

Para o advogado Pedro Dallari, que defende a cooperativa, a execução é normal. “As pendências entre cooperados e a Bancoop vêm sendo resolvidas em volume crescente por acordos. Quando a controvérsia persiste, a decisão é pela via judicial. No caso, cabe recurso.” Dallari disse que “a administração da Bancoop vem atuando com responsabilidade”. “Acabou a exploração política em torno da Bancoop.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:FraudesPartidos políticosPolíticaPolítica no BrasilPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Mundo

'É engraçado que Biden não perdoou a si mesmo', diz Trump

Mais de 300 migrantes são detidos em 1º dia de operações sob mandato de Trump

Migrantes optam por pedir refúgio ao México após medidas drásticas de Trump

Guerra ou acordo comercial? Gestos de Trump indicam espaço para negociar com China, diz especialista