Acidente aéreo deixou 67 mortos após colisão entre avião comercial e helicóptero militar (ANDREW CABALLERO-REYNOLDS/AFP)
Agência de Notícias
Publicado em 31 de janeiro de 2025 às 14h07.
Um único controlador de tráfego aéreo estava encarregado do movimento de aviões e helicópteros no aeroporto de Washington na noite de quarta-feira, 29, quando ocorreu a colisão que deixou 67 mortos. O motivo foi a decisão de um supervisor de permitir que outro profissional saísse mais cedo, segundo fontes próximas à investigação ouvidas pela emissora “NBC News”.
Normalmente, um controlador gerencia o tráfego de aviões e outro o tráfego de helicópteros na torre do Aeroporto Nacional Ronald Reagan, na capital dos Estados Unidos. No entanto, pouco antes das 21h (horário local), quando um avião comercial colidiu com um helicóptero militar, apenas um profissional estava no controle.
A Administração Federal de Aviação (FAA), órgão regulador da aviação nos EUA, permite que um único controlador assuma ambas as funções. No entanto, essa prática não é considerada ideal, conforme destacou a “NBC News”.
Diante do acidente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na quinta-feira uma ordem executiva determinando uma revisão das contratações e mudanças de protocolo feitas durante o governo do democrata Joe Biden (2021-2025). Trump sugeriu que essas alterações podem ter contribuído para a tragédia.
O acidente aconteceu quando um avião comercial da American Airlines, que fazia a rota entre Wichita (Kansas) e Washington, descia em direção ao aeroporto da capital federal.
Na aeronave, havia 64 pessoas a bordo, sendo 60 passageiros e quatro tripulantes. O helicóptero militar, com o qual colidiu, transportava três soldados. As duas aeronaves caíram nas águas geladas do rio Potomac.
As autoridades descartaram a possibilidade de encontrar sobreviventes entre as 67 vítimas do acidente. As equipes de resgate já retiraram 41 corpos da água, segundo informações do Departamento de Bombeiros e Serviços Médicos de Emergência do Distrito de Columbia.