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Contador que obteve IR de Verônica Serra foi filiado ao PT

Atella foi identificado, em inquérito da Corregedoria da Receita, como o homem que pediu acesso aos dados sigilosos de Verônica

Segundo TRE-SP, Atella filiou-se em 20 outubro de 2003 ao PT (.)

Segundo TRE-SP, Atella filiou-se em 20 outubro de 2003 ao PT (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h36.

Apesar de sustentar, em diversas entrevistas à imprensa, que nunca teve filiação partidária, o contador Antonio Carlos Atella Ferreira – que, com uma procuração falsa em mãos, pediu acesso às declarações do Imposto de Renda da filha do candidato tucano à Presidência, José Serra, Verônica Serra - foi filiado ao PT.

O pedido de filiação foi feito em 2003. O nome dele não aparece na base de dados atual da Justiça Eleitoral porque, em 2009, houve um problema técnico em seu registro, que não foi corrigido. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), Atella filiou-se em 20 outubro de 2003 ao PT. A data de exclusão é de 21 de novembro de 2009.

Isso não significa, no entanto, que Atella tenha se desfiliado, apenas que o nome dele deixou de constar da lista de filiados ao PT. A exclusão foi feita menos de dois meses depois da violação do sigilo de Verônica Serra. A filiação foi feita primeiro em Mauá, no ABC paulista. Depois, o título de eleitor de Atella foi transferido para Ribeirão Pires, também no ABC.

Na quinta-feira, em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, Atella disse que não era filiado a nenhum partido político. "Se alguém me filiou, nem conheço quem é, se caso eu tiver filiado", declarou.

Inquérito

Atella foi identificado, em inquérito da Corregedoria da Receita, como o homem que pediu acesso aos dados sigilosos de Verônica e juntou ao expediente uma procuração com a assinatura falsificada da filha de Serra e dados incorretos do tabelião, como mostrou o site de VEJA.

Em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, Atella apontou um suposto contratante: Ademir Estevam Cabral. Segundo o contador, Cabral encomendaria serviços e trabalharia para outras pessoas. O trabalho, afirmou, viria "do Brasil inteiro".

Atella citou Minas Gerais, Brasília e São Paulo. Por telefone, Cabral negou ao JN ter falsificado a assinatura de Verônica ou que tenha passado por ele o pedido de cópia de documentos em nome dela. O TRE também confirmou a filiação de Cabral ao PV.

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