São Paulo - O consumo total de energia elétrica no Brasil foi de 35,5 mil gigawatts-hora (GWh) no mês de março, volume 9,3 por cento superior ao mesmo período do ano passado, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Ministério das Minas e Energia (MME).

"Apesar de afetadas pela base de comparação baixa do ano passado, as estatísticas de março de 2010 confirmam a tendência já observada nos meses anteriores de recuperação expressiva do nível de atividade na indústria e de robustez na expansão do consumo das famílias e do setor terciário", diz a EPE, em comunicado.

No acumulado do primeiro trimestre do ano, o consumo foi cresceu 9,6 por cento, para 103 mil GWh, enquanto em 12 meses o crescimento foi de 2 por cento, chegando a 397,7 mil GWh.

De acordo com a EPE, o consumo industrial de energia totalizou 15 mil gigawatts-hora, crescimento de 12 por cento ante o mesmo período de 2009. "É a primeira vez, desde novembro de 2008, que o consumo das indústrias atinge este patamar, em uma evidência da recuperação da atividade setorial como um todo."

No acumulado do ano, o crescimento do setor industrial é de 13 por cento, mas em 12 meses ainda é registrada queda de 2,1 por cento.

Já o consumo residencial cresceu 7,8 por cento no terceiro mês deste ano em relação ao ano passado, para 9,1 mil GWh. "Contribuiu para o crescimento do consumo das residências em março a sequência de dias com elevada temperatura, acima da média normalmente observada no período", afirma a empresa.

No trimestre, o crescimento é de 8,2 por cento, e no ano, de 6,9 por cento.

O consumo comercial de energia, por sua vez, foi de 6,15 mil GWh em março, avanço de 8 por cento na comparação anual. Nos primeiros três meses do ano, o crescimento foi de 8,4 por cento, enquanto em doze meses a alta é de 6,4 por cento.

"Os consumidores deste segmento responderam às elevadas temperaturas. Porém, deve-se registrar o efeito da intensificação das atividades comerciais em decorrência da conjuntura interna favorável, evidenciada pelo aumento da renda das famílias, pela redução do desemprego e, em algumas regiões, pelo efeito de programas de transferência de renda."

Entre as regiões brasileiras, o Nordeste apresentou o maior crescimento no consumo de energia em março, avançando 13 por cento ante março de 2009. No acumulado do ano, entretanto, o Sudeste apresentou o maior crescimento: 10,2 por cento.

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