José Eduardo Cardozo, Magda Chambriand e Edson Lobão sobem ao palco ao lado de representantes das empresas que integram o consórcio vencedor do campo de Libra (Fernando Frazão/ABr)
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2013 às 17h53.
Rio de Janeiro - As petroleiras que arremataram o bloco gigante de Libra têm pressa para explorar a primeira área leiloada no pré-sal sob o regime de partilha da produção, sinalizaram representantes de duas empresas do consórcio vencedor.
O diretor-geral da francesa Total no Brasil, Denis Palluat, avalia ser viável iniciar a produção até o final desta década, prazo inicialmente estimado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O consórcio realizará trabalhos exploratórios o mais rápido possível, acrescentou.
A Petrobras e as parceiras Shell, a Total e as estatais chinesas CNPC e CNOOC venceram nesta segunda-feira o leilão pelo direito de exploração da área de Libra --maior reserva de petróleo já descoberta no Brasil.
"Temos um 'dream team' neste consórcio, um grupo muito equilibrado, com Brasil, Europa e a China", afirmou o executivo francês.
O presidente da Shell, André Araújo, outra parceira no consórcio, também disse que as empresas querem perfurar poços em Libra rapidamente.
"Vocês sabem que é difícil fazer projeções", afirmou, evitando falar em prazos.
O início da produção no campo de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, deve acontecer a partir de 2018, de acordo com a ANP.
O pico de produção deve acontecer em até 15 anos, após a assinatura do contrato. A previsão é que atinja um pico de 1,4 milhão de barris, de acordo com cálculos da ANP.
"Espero que eles estejam certos. Antes era 1 milhão... é bom achar que é mais, mas temos um poço só perfurado", declarou o executivo da Total.