Varadkar, de 38 anos, obteve 57 votos procedentes do seu partido (Clodagh Kilcoyne/Reuters)
EFE
Publicado em 14 de junho de 2017 às 12h31.
Dublin - O líder democrata-cristão Leo Varadkar, filho de um imigrante indiano e abertamente gay, se tornou nesta quarta-feira o primeiro-ministro mais jovem da Irlanda, após receber o apoio da maioria da Câmara baixa de Dublin (Dáil).
Varadkar, de 38 anos, obteve 57 votos procedentes do seu partido, o conservador Fine Gael, e dos deputados independentes que conformam o Governo que foi dirigido em minoria desde as eleições de 2016 pelo seu antecessor no posto, Enda Kenny.
A posse de Varadkar como "Taoiseach" (premiê) também foi possível pela abstenção de outro grande partido nacional, o centrista Fianna Fáil, que se comprometeu a apoiar Kenny em momentos-chave desta legislatura após as eleições.
Do lado contrário, se opôs à posse de Varadkar a terceira formação nacional, o Sinn Féin de Gerry Adams, que assegurou que o líder democrata-cristão continuará com as políticas de austeridade que marcaram os seis anos de Kenny no poder.
Já o dirigente nacionalista desejou sorte e disse que trabalhará estreitamente com Varadkar para fazer frente aos principais desafios que o país enfrenta, como a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) e a restauração de um Governo autônomo na Irlanda do Norte.
No seu primeiro discurso como "Taoiseach", Varadkar, médico de profissão como seu pai, afirmou que o Dáil o elegeu "para liderar", mas, disse, "eu me comprometo a ajudar" este país.
Varadkar rendeu uma homenagem a Kenny, reconhecendo os méritos para "reconstruir" a economia quando chegou ao poder em 2011, poucos meses depois que o Governo do Fianna Fáil pediu um resgate à UE e ao Fundo Monetário Internacional (FMI) no valor de 85 bilhões de euros.
Após a sessão de posse, Varadkar se deslocará até a residência do presidente irlandês, Michael Sr. Higgins, para formalizar sua nomeação com chefe do Estado.