Ban Ki-moon: secretário-geral da ONU pediu reforço de 5.500 capacetes azuis a Missão no Sudão do Sul (UNMISS), que se somarão aos 7.600 presentes (Jack Guez/AFP)
Da Redação
Publicado em 23 de dezembro de 2013 às 22h29.
Nações Unidas - O Conselho de Segurança da ONU votará nesta terça-feira a aprovação do pedido do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, de reforçar com 5.500 capacetes azuis a Missão no Sudão do Sul (UNMISS), que se somarão aos 7.600 presentes.
Segundo informou o presidente do Conselho de Segurança, Gérard Araud, já existe uma minuta de resolução que gerou "uma reação positiva em todos os membros do Conselho" e amanhã será votada às 15h locais (18h de Brasília) a reação aos pedidos do secretário-geral.
O pedido de Ban inclui três unidades policiais com um total de 423 pessoas, três helicópteros de ataque, três helicópteros com fins utilitários e um avião de transporte militar C130, enquanto os soldados serão transferidos das missões no Congo, Darfur, Costa do Marfim, Libéria e da região sudanesa de Abyei.
Araud assegurou que ainda não têm um orçamento para este reforço da Missão no Sudão do Sul, embora espera que o definam "o mais rápido possível".
A embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Samantha Power, assegurou que os relatórios das Nações Unidas sobre a situação no Sudão do Sul são "profundamente preocupantes" e que o Conselho de Segurança fará "o que se necessite para estabilizar a situação", sempre no marco "de uma discussão política".
Ban Ki-moon escreveu hoje uma carta ao Conselho de Segurança na qual assegurava que "em vista da deterioração da segurança na situação do Sudão do Sul, tomei os passos para que urgentemente reforcem a capacidade de proteção da UNMISS".
Ban teve hoje uma reunião com seu gabinete de crise na qual participaram por videoconferência seus representantes especiais para o Sudão do Sul (onde se refugiam atualmente 4.500 civis) e a União Africana, Hilde Johnson e Haile Menkerious, respectivamente.
A situação no Sudão do Sul prossegue sua escalada de violência, com centenas de mortos como resultado do enfrentamento entre o exército e a dissidência depois que o presidente Salva Kiir Mayardit denunciou na semana passada uma tentativa fracassada de golpe de Estado e responsabilizou o ex-vice-presidente Riek Machar. EFE