O governo do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, é acusado de desenvolver armas nuclerares. (.)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Brasília - O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) se reúne hoje (9) de manhã para discutir sanções contra o Irã, propostas pelos Estados Unidos. É a quarta rodada de negociações, com a apresentação de medidas que visam a impedir o prosseguimento do programa nuclear iraniano.
Os Estados Unidos lideram uma campanha internacional, que ganhou a adesão da França, da Rússia, da Alemanha e da China, contra o Irã por acreditar que há produção de armas atômicas no país. O governo do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, nega, porém, as suspeitas.
A sessão do Conselho de Segurança está agendada para o fim da manhã, na sede das Nações Unidas, em Nova York. A delegação brasileira é representada pela embaixadora Maria Luiza Ribeiro Viotti.
Para ser efetivado, o pacote de medidas deve ser aprovado de forma unânime pelos cinco países que ocupam assentos permanentes no Conselho de Segurança - os Estados Unidos, a França, Inglaterra, Rússia e China. Os outros dez países, que são membros rotativos do órgão, como o Brasil, a Turquia, Bósnia Herzegovina, o Gabão, a Nigéria, Áustria, o Japão, México, Líbano e Uganda têm direito a voto, mas não a veto em uma eventual votação no órgão.
Para diplomatas que acompanham as negociações, pelo menos 12 membros do Conselho de Segurança, inclusive os cinco permanentes, deverão votar a favor da adoção das imposições contra o Irã. Apenas o Brasil, a Turquia e o Líbano deverão ser contrários às sanções.
A ideia é adotar imposições que atinjam basicamente setores da economia iraniana. O objetivo é fixar uma espécie de embargo econômico na região para pressionar o governo Ahmadinejad a admitir a fiscalização dos especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) nas usinas do país.
O assunto é acompanhado de perto pelas autoridades brasileiras. Para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, adotar sanções neste momento é um equívoco porque impede a evolução das negociações e cria um ambiente hostil na comunidade internacional.
Ontem (8), Ahmadinejad reiterou o pedido para que a comunidade internacional reconheça o acordo nuclear, fechado no mês passado com o apoio do Brasil e da Turquia, mas que sofreu sérias críticas dos Estados Unidos, da Rússia e da França. Segundo ele, a linguagem da força utilizada pelas grandes potências gera respostas no mesmo tom.
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