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Conselho de Segurança vota resolução sobre a Líbia nesta quinta

Conselho poderá decidir pela criação de uma zona de exclusão área no país; votação ocorre ás 19h de Brasília

Uma das opções na votação é um pedido de cessar fogo na Líbia (John Moore/Getty Images)

Uma das opções na votação é um pedido de cessar fogo na Líbia (John Moore/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2011 às 15h22.

Nova York - O Conselho de Segurança da ONU decidiu nesta quinta-feira votar às 18h pelo horário de Nova York (19h de Brasília) um projeto de resolução que autoriza o uso da força na Líbia para proteger a população civil e deter a ofensiva de Muammar Kadafi contra os rebeldes.</p>

"Decidiu-se votar a resolução sobre a Líbia às 18h", informou o porta-voz da missão dos EUA na ONU, Patrick Ventrell, através de sua conta de Twitter.

A informação, corroborada por outras delegações, foi divulgada ao término da reunião a portas fechadas que os 15 países-membros do órgão de segurança da ONU.

"Esperamos tomar ações muito em breve. Há acordo (para votar). Sobre se há consenso, não posso falar em nome de outros", indicou o presidente rotativo do Conselho de Segurança, o embaixador chinês Li Baodong.

Segundo fontes diplomáticas, o documento auspiciado por franceses, britânicos e libaneses que será submetido a votação inclui a adoção de "todas as medidas necessárias para proteger a população da Líbia", exceto uma ocupação militar do país.

Também inclui um pedido de cessar-fogo imediato, como solicitou a Rússia, e um endurecimento das sanções impostas ao regime de Kadafi, além de uma zona de exclusão aérea.

Os embaixadores deixaram a sala do Conselho de Segurança ao finalizar as consultas para entrar em contato com as autoridades de seus respectivos países e receber instruções.

"Esperamos contar com o maior número de votos possíveis, mas é preciso esperar", assinalou um diplomata ocidental, segundo quem a resolução é "forte" e envia uma "mensagem firme" ao líder líbio.

O ministro das Relações Exteriores da França, Alain Juppé, viajou a Nova York para se unir às negociações e pressionar os países reticentes a usarem a força para ajudar os rebeldes líbios.

Um dos elementos que centrou o debate desta quinta-feira foi o desejo de algumas delegações de contar com medidas adicionais, possivelmente ataques aéreos, para deter o avanço das tropas de Kadafi, particularmente sua ofensiva rumo à cidade de Benghazi, principal reduto dos rebeldes líbios.

Nessa linha, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen, pediu às Nações Unidas um acordo o mais rápido possível para intervir na Líbia e evitar uma "inaceitável" vitória do regime de Kadafi frente aos rebeldes.

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