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Conselho de Segurança se reúne para discutir ameaça de Trump à Síria

Encontro nesta quinta-feira (12) será o segundo em dois dias para discutir ação militar contra Bashar Al Assad após supostos ataques químicos

Trump: secretário de Defesa disse que o presidente norte-americano ainda avalia a situação para definir quais ações serão tomadas (Carlos Barria/Reuters)

Trump: secretário de Defesa disse que o presidente norte-americano ainda avalia a situação para definir quais ações serão tomadas (Carlos Barria/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 11 de abril de 2018 às 22h01.

Última atualização em 11 de abril de 2018 às 22h43.

A portas fechadas, o Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) se reunirá, nesta quinta-feira (12), para debater a possibilidade de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reagir com ataques armados ao suposto uso de armas químicas pelo governo sírio de Bashar Al Assad, agravando a tensão na região cuja guerra dura sete anos. A reunião foi convocada pela Bolívia, aliada da Rússia.

Será a segunda reunião em dois dias. A primeira ocorreu ontem (10), quando o conselho discutiu a possibilidade de uma investigação para determinar se há ligação de Bashar Al Assad com os ataques a civis.

Ontem a Rússia vetou no Conselho de Segurança uma proposta dos Estados Unidos para voltar a iniciar um mecanismo internacional que averigue e determine responsabilidades pelo uso de armas químicas na Síria. A Bolívia foi o único país que votou "não" junto à Rússia, enquanto a China se absteve e os outros 12 Estados-Membros apoiaram a resolução norte-americana.

Porém, os votos apresentados pelos representantes dos Estados Unidos e Rússia foram rejeitados. França, Reino Unido, Arábia Saudita e Israel avaliam a possibilidade de participar de um ataque militar contra a Síria ao lado de Trump. A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, disse hoje que diante de indícios de envolvimento das autoridades, o episódio não pode ficar sem resposta.

Nesta quarta-feira (11), a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, negou que Trump reagirá aos ataques de forma bélica e intensiva na Síria. "O presidente não delineou um cronograma, e ainda está deixando muitas outras opções sobre a mesa", afirmou. "Uma decisão final sobre isso ainda não foi tomada".

O secretário de Defesa norte-americano, Jim Mattis, acrescentou que o governo ainda avalia a situação para definir ações: "Estamos pronto para oferecer opções militares se forem apropriadas, como o presidente determinou".

Pela manhã, Trump afirmou pelo Twitter, em resposta à afirmação da Rússia de que iria derrubar quaisquer mísseis cujos alvos fossem a Síria, que os russos deveriam se preparar, pois os "mísseis virão, bons, novos e inteligentes". "Vocês não deveriam ser parceiros de um animal que mata seu próprio povo com gás e se diverte com isso", afirmou. Trump também havia dito pelo Twitter que este é o pior momento da relação bilateral entre os dois países de toda a história, mesmo levando em conta a Guerra Fria.

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