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Conselho de Segurança fará reunião sobre Coreia do Norte

A Coreia do Norte lançou seu mais poderoso míssil balístico intercontinental na terça-feira. Washington poderia estar ao seu alcance

Conselho de Segurança da ONU: França solicitou "sem demora" um acesso humanitário na zona de Ghouta Oriental, no leste de Damasco (Mike Segar/Reuters)

Conselho de Segurança da ONU: França solicitou "sem demora" um acesso humanitário na zona de Ghouta Oriental, no leste de Damasco (Mike Segar/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de dezembro de 2017 às 09h20.

Nações Unidas - O Japão anunciou na sexta-feira que organizará uma reunião ministerial do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) em 15 de dezembro com o objetivo de encontrar maneiras pacíficas de pressionar a Coreia do Norte a suspender os seus testes nucleares e de mísseis balísticos e desnuclearizar a península coreana.

O embaixador do Japão nas Nações Unidas, Koro Bessho, disse em entrevista coletiva que é preciso fazer mais além das sanções "muito robustas" que o conselho já impôs, tendo como alvo o financiamento e materiais para os programas nucleares e de mísseis de Kim Jong Un. Bessho, que preside o conselho neste mês, disse que os membros estão discutindo um "produto" da reunião ministerial, mas não está claro se pode ser uma declaração ou uma resolução.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, deve informar o conselho, e autoridades dos EUA dizem que o secretário de Estado do país, Rex Tillerson, provavelmente participará da reunião. Bessho disse que o ministro das Relações Exteriores do Japão, Taro Kono, presidirá a reunião e vários ministros e vice-ministros, cujos nomes não foram revelados, também são esperados.

Os 15 membros do conselho condenaram fortemente o lançamento pela Coreia do Norte de seu mais poderoso míssil balístico intercontinental na terça-feira. Segundo o Ministério da Defesa da Coreia do Sul, o míssil é capaz de atingir alvos a até 13 mil quilômetros, o que colocaria Washington ao alcance.

A embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, disse em uma reunião de emergência do conselho na quarta-feira que o lançamento de míssil aproximou o mundo de uma guerra que os EUA não querem. Também advertiu que, se a guerra chegar, o regime de Kim "será totalmente destruído". Isso provocou uma forte resposta na sexta-feira do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov. "Se alguém está muito ansioso para usar a força para acabar com a Coreia do Norte, como a enviada dos Estados Unidos à ONU disse, foi um discurso muito sanguinário", disse Lavrov, segundo agências de notícias russas. O embaixador da Rússia nas Nações Unidas, Vassily Nebenzia, disse ao conselho na reunião de emergência de quarta-feira que a Rússia acredita que a única maneira de resolver a situação e encontrar uma solução a longo prazo é por meio de "esforços incansáveis e diplomáticos".

Como a única nação a sofrer um ataque nuclear na Segunda Guerra Mundial, Bessho disse que o Japão sente muito fortemente que o programa nuclear da Coreia do Norte precisa ser interrompido. "Nós obviamente não estamos procurando uma solução militar", disse Bessho. "Eu não acho que alguém goste de uma solução militar. Estamos tentando no

Conselho de Segurança encontrar uma maneira de fazer a DPRK (República Popular Democrática da Coreia, na sigla em inglês) mudar a sua política." Fonte: Associated Press.

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