Aleppo: os embaixadores dos 15 países-membros do Conselho de Segurança serão informados, amanhã, do progresso da situação em Aleppo (Omar Sanadiki/Reuters)
AFP
Publicado em 15 de dezembro de 2016 às 18h37.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas se reúne de urgência, nesta sexta-feira (16), a pedido da França, para tratar da situação humanitária na cidade síria de Aleppo, assim como dos planos para enviar ajuda - informaram fontes diplomáticas nesta quinta-feira (15).
As consultas a portas fechadas começam às 12h locais (15h, horário de Brasília) para discutir a evacuação de milhares de civis e a ajuda humanitária aos habitantes dessa cidade no norte da Síria.
Em conversa com a imprensa, o embaixador francês na ONU, François Delattre, mencionou a iniciativa europeia para o envio de observadores internacionais encarregados de supervisionar as retiradas em Aleppo.
"França e Alemanha e outros aliados europeus" - explicou o embaixador - "trabalham em estreita cooperação sobre propostas" concretas tendentes a garantir "uma evacuação (de civis) em toda segurança e um acesso à ajuda humanitária" em Aleppo.
O diplomata considerou "mais essencial do que nunca" obter o envio "de observadores internacionais" sob o guarda-chuva da ONU para supervisionar as operações de retirada.
Sem dar detalhes, o diplomata se referiu a uma "ação da União Europeia em apoio à supervisão da ONU".
França e Estados Unidos insistem no envio dos observadores.
Os embaixadores dos 15 países-membros do Conselho de Segurança serão informados, amanhã, do progresso da situação em Aleppo pelo chefe de Operações Humanitárias da ONU, Stephen O'Brien.
Mais de mil pessoas foram retiradas de Aleppo na quinta-feira (14) e chegaram à parte do território sob controle rebelde, no início de uma operação que sela a vitória do governo de Bashar al-Assad na batalha pela segunda maior cidade síria.
Um segundo comboio saiu de Aleppo na noite de quinta, anunciou a televisão síria, depois da primeira caravana da manhã. Esta levava 951 pessoas, entre elas 108 feridos e cerca de 200 rebeldes, disse uma fonte militar à AFP.
A perda de Aleppo representa uma significativa derrota para os rebeldes, que haviam conquistado a parte leste em 2012.