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Conselho de Segurança da ONU prorroga mandato de missão no Líbano

Unanimidade da votação não esconde a altíssima volatilidade da região desde o começo da guerra na Faixa de Gaza

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 28 de agosto de 2024 às 14h59.

Última atualização em 28 de agosto de 2024 às 15h37.

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O Conselho de Segurança da ONU aprovou nesta quarta-feira a renovação por mais um ano, até 31 de agosto de 2025, da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil), em um dos momentos mais tensos vividos na região de sua instalação, com uma troca quase diária de ataques entre Israel e o grupo libanês Hezbollah.

O texto para prorrogar o mandato da Unifil, que inclui um apelo à paz e à cessação das hostilidades, recebeu uma unanimidade incomum, com todos os países votando a favor do documento proposto pela França.

A Unifil, criada em 1978 para manter a paz na “linha azul” (a fronteira não reconhecida entre Israel e Líbano), é atualmente liderada pelo espanhol Aroldo Lázaro e conta com 10.031 oficiais de 49 países, sendo que os maiores contribuintes são Indonésia, Nepal, Gana, Malásia e Espanha com 677 soldados.

A unanimidade da votação não esconde a altíssima volatilidade da região desde o começo da guerra na Faixa de Gaza, que resultou em uma constante troca de tiros entre o Hezbollah e as Forças de Defesa de Israel (FDI), e que atingiu seu “pico” de tensão em 30 de julho, quando Israel assassinou o principal líder militar do grupo xiita, Fuad Shukr, em um bombardeio no apartamento onde estava hospedado em Beirute.

Pouco antes da votação, o novo embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, tomou a palavra para fazer uma advertência ao governo libanês, o qual acusou de conluio com o Hezbollah: “Enfrente o Hezbollah agora ou corra o risco de ver seu país arrastado para o caos e a destruição”.

“Israel não quer guerra”, acrescentou, mas se o governo libanês não agir contra a milícia xiita, "a devastação que virá estará em suas mãos".

Danon fez a advertência antes de pedir ao Conselho que declare o Hezbollah uma organização terrorista.

Dentro do Conselho, as palavras de Danon foram repetidas por Estados Unidos, que, por meio do embaixador adjunto Robert Wood, advertiu: “O Líbano não deve ser um santuário para organizações terroristas ou uma plataforma de lançamento para ataques contra Israel. Não há dúvida de que o Irã fornece ao Hezbollah a maior parte dos foguetes, mísseis e drones que são dirigidos contra Israel”.

“Sejamos claros: Israel tem o direito de se defender contra os ataques do Hezbollah. Nenhum membro deste Conselho que esteja enfrentando um grupo terrorista em sua fronteira toleraria ataques diários e o deslocamento de dezenas de milhares de pessoas”, enfatizou.

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