Coreia do Norte: A votação deve ocorrer durante uma reunião com início agendado para as 17h (horário de Brasília) desta terça-feira (Reuters)
Da Redação
Publicado em 1 de março de 2016 às 11h20.
Nações Unidas - O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) planeja votar nesta terça-feira uma resolução que ampliará as sanções já em vigor contra a Coreia do Norte em reação ao teste nuclear de Pyongyang no dia 6 de janeiro, afirmou a missão dos Estados Unidos no organismo na segunda-feira.
A votação deve ocorrer durante uma reunião com início agendado para as 17h (horário de Brasília) desta terça-feira, disse uma autoridade da missão à Reuters.
Na semana passada, os EUA apresentaram ao conselho de 15 membros um rascunho de resolução que negociaram previamente com a China e que aumentaria significativamente as restrições à Coreia do Norte na esteira de seu quarto teste nuclear e do lançamento de um foguete, além de criar o que descreveram como as sanções mais rígidas da ONU contra o regime em duas décadas.
Inicialmente Washington pretendia submeter a resolução a uma votação na semana passada, mas a Rússia exigiu mais tempo para estudar o texto, que os norte-americanos acertaram com Pequim rm uma uma parceria incomum contra Pyongyang, vizinho e aliado dos chineses.
O rascunho, visto pela Reuters, exige que os países-membros da ONU realizem inspeções obrigatórias de toda carga que passe por seus territórios de ou para a Coreia do Norte em busca de produtos ilícitos. Anteriormente só se exigia que os Estados o fizessem se tivessem motivos razoáveis para suspeitar da presença de tais produtos.
A proposta preencheria uma brecha no embargo de armas da ONU a Pyongyang proibindo a importação e a exportação de qualquer armamento.
Também passaria a existir uma interdição inédita à transferência para a Coreia do Norte de qualquer item que possa contribuir diretamente para as habilidades operacionais das Forças Armadas norte-coreanas, como caminhões que possam ser modificados para uso militar.
Pyongyang está sujeita a sanções desde 2006 por causa de seus múltiplos testes nucleares e lançamentos de foguete.