Coreia do Norte: o Conselho de Segurança condenou fortemente na terça-feira à noite os últimos tiros de mísseis norte-coreanos (KCNA/Reuters)
AFP
Publicado em 8 de março de 2017 às 16h08.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas se reuniu nesta quarta-feira a portas fechadas para discutir eventuais novas medidas contra a Coreia do Norte, depois que o país realizou um novo teste de míssil.
A China, principal aliado do regime de Pyongyang, propôs nesta quarta-feira um compromisso para evitar "uma colisão" entre as duas Coreias, e sugeriu que o Norte suspenda seu programa nuclear em troca de um fim às manobras militares empreendidas pelos Estados Unidos no sul.
Questionados sobre essa proposta, França, Japão e Reino Unido destacaram que a iniciativa correspondia à Coreia do Norte.
"Dispararam quatro mísseis", lembrou o embaixador japonês na ONU, Koro Bessho, antes da reunião.
"Nós não fizemos nada para provocá-los e, portanto, estamos em uma posição forte para dizer-lhe que é totalmente inaceitável", acrescentou o diplomata.
A Coreia do Norte realizou pelo menos quatro mísseis balísticos de médio alcance em direção ao Japão, segundo reconheceu, com um olho nas bases americanas no arquipélago japonês.
O Conselho de Segurança condenou fortemente na terça-feira à noite os últimos tiros de mísseis norte-coreanos.
O embaixador chinês, Liu Jieyi, insistiu na necessidade de "reduzir as tensões". Pequim está preocupado com a implantação esta semana de um escudo antimíssil pelos Estados Unidos na Coreia do Sul.
Washington expressou nesta quarta-feira seu ceticismo sobre as chamadas para negociações com a Coreia do Norte, dizendo que seu líder, Kim Jong-Un, age irracionalmente e provavelmente não responderia às negociações diplomáticas.
"Não é uma pessoa racional", disse a embaixadora americana Nikki Haley a repórteres.