A nova lei tornará obrigatória a verificação dos antecedentes criminais de todos os compradores de armas de fogo em vendas públicas ou privadas (Spencer Platt/AFP)
Da Redação
Publicado em 4 de abril de 2013 às 20h18.
Três meses e meio após o massacre em uma escola de Newtown, o estado americano de Connecticut, cenário da tragédia, votou o endurecimento de suas leis sobre armas de fogo, tornando-as as mais rigorosas.
A Câmara dos Representantes de Connecticut (nordeste) aprovou por 105 votos a 44 a reforma, que deve ser assinada pelo governador Dannel Malloy.
Na quarta-feira à tarde, o Senado havia dado o primeiro passo para aprovar a nova legislação, por 26 votos contra 10.
Assim, Connecticut tornou-se o terceiro estado a endurecer suas leis sobre a posse de armas de fogo após a tragédia do dia 14 de dezembro na escola primária de Sandy Hook, que resultou no assassinato de 20 crianças e seis adultos por um jovem de 20 anos que, em seguida, tirou a própria vida.
A nova lei, negociada durante semanas entre republicanos e democratas, tornará obrigatória a verificação dos antecedentes criminais de todos os compradores de armas de fogo em vendas públicas ou privadas.
Mais de 160 armas de assalto passam a ter sua venda proibida (contra 66 anteriormente), bem como a compra e venda de carregadores de grande capacidade (mais de dez balas).
Além disso, as pessoas que foram internadas em uma instituição psiquiátrica não poderão portar armas por pelo menos cinco anos (contra um ano de acordo com a legislação anterior).
A nova lei também estabelece a criação de um cadastro de pessoas condenadas por crimes envolvendo armas, uma novidade nos Estados Unidos.
Em visita na quarta-feira em Denver (Colorado, oeste), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama pediu ao Congresso para alterar a legislação federal sobre armas para evitar mais mortes.