Alexander Litvinenko: em uma carta póstuma, acusou o presidente russo Vladimir Putin de ser responsável por sua morte (Vasily Djachkov / Reuters)
Da Redação
Publicado em 21 de janeiro de 2016 às 09h31.
Estas são as datas mais importantes do caso do ex-espião russo Alexander Litvinenko, envenenado em Londres, em 2006, com polônio.
2006
- 1º de novembro: Litvinenko se reúne no Hotel Millennium de Londres com os russos Andrei Lugovoi, um ex-agente do KGB que virou empresário, e Dmitri Kovtun. Mais tarde, se reúne em outro bar com o italiano Mario Scaramella, que deu a ele um documento sobre o assassinato da jornalista russa de oposição Anna Politkovskaya. Na mesma noite, ele começa a passar mal.
- 20 de novembro: Litvinenko entra em cuidados intensivos. Uma foto o mostra sem expressão no olhar e sem cabelos. A investigação é iniciada pelo Departamento Antiterrorista da política britânica Scotland Yard.
- 23 de novembro: Litvinenko morre. No dia seguinte, em uma carta póstuma, acusa o presidente russo Vladimir Putin de ser responsável por sua morte. Putin nega as acusações denunciando uma "provocação política".
O Departamento de Proteção de Saúde Reino Unido (HPA) anuncia que Litvinenko foi envenenado com polônio 210, uma substância altamente radioativa.
- 6 de dezembro: A Scotland Yard, que investigou em Moscou, classifica de assassinato a morte de Litvinenko, enterrado no dia seguinte em Londres, em um caixão de chumbo para evitar vazamento radioativo.
2007
- 22 de maio: o promotor britânico indicia Lugovoi pelo assassinato de Litvinenko e exige sua extradição. A Rússia nega o pedido.
- 16 de julho: Londres anuncia a expulsão de quatro diplomatas russos.
- 19 julho: Moscou responde com a expulsão de quatro diplomatas britânicos, a interrupção da cooperação na luta contra o terrorismo, e a suspensão de novos vistos a funcionários britânicos.
2014
- janeiro: a viúva de Litvinenko, Marina, apresenta um pedido ante o Superior Tribunal de Londres para obrigar o governo a abrir uma investigação pública
- 22 de julho: em um contexto de tensão com a Rússia por sua intervenção na Ucrânia, a ministra do Interior, Theresa May, anuncia que a investigação será realizada.
2016
- 21 de janeiro: o juiz Robert Owen publica um documento de 300 páginas com os resultados da investigação, no qual afirma que Putin "provavelmente ordenou", o assassinato e que os serviços de inteligência russos (FSB) estavam por trás dele.