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Conheça Kaesong, que unia Coreias, mas virou nova disputa

Complexo industrial abrigava empresas sul-coreanas no país do norte

Soldados sul-coreanos guardam fronteira na cidade de Paju, próxima à cidade norte-coreana de Kaesong, onde fica o complexo industrial, em 10 julho de 2013 (Chung Sung-Jun/Getty Images)

Soldados sul-coreanos guardam fronteira na cidade de Paju, próxima à cidade norte-coreana de Kaesong, onde fica o complexo industrial, em 10 julho de 2013 (Chung Sung-Jun/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2013 às 14h33.

São Paulo – Em 2002, as Coreias tiveram uma ideia: construir juntas o complexo industrial de Kaesong, na cidade norte-coreana de mesmo nome, para abrigar empresas do lado do Sul. Com custos de produção muito baixos, a proposta atraia as empresas da Coreia do Sul. A Coreia do Norte, em troca, ganhava incentivos e o complexo abria possibilidades de uma reintegração econômica.

Recentemente, porém, virou novo ponto de disputa. A Coreia do Norte, em meio a tensões e embargos comerciais impostos, determinou a retirada de todos os trabalhadores do complexo (aproximadamente 53 mil), operação completada em abril, transformando o local numa cidade fantasma.

Durante julho, uma série de reuniões aconteceu entre as Coreias na tentativa de retomar as atividades do complexo, mas sem sucesso. O Ministério da Unificação, da Coreia do Sul, emitiu hoje um ultimato: “se o norte for sincero sobre aliviar o sofrimento de nossas empresas e trabalhadores, e verdadeiramente considerar o complexo como um ponto importante na relação entre as Coreias, deve demonstrar seu compromisso com palavras e ações responsáveis, e não com o silêncio”, afirmou o porta-voz sul-coreano em comunicado.

A Coreia do Sul vem perdendo dinheiro com a falta de atividade no complexo ao ter que pagar as compensações para os funcionários. O sul defende também que as empresas instaladas, mesmo que o complexo volte a funcionar, perdem credibilidade sobre a capacidade de entregar produtos, diante da situação instável.

Confira algumas imagens do complexo após e antes a retirada de funcionários.

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