Membro da comunidade judaica mostra cartas em protesto em frente ao Congresso: a comunidade judaica-argentina, de 300 mil membros, é a maior da América Latina (Juan Mabromata/AFP)
Da Redação
Publicado em 28 de fevereiro de 2013 às 10h11.
Buenos Aires - Os deputados argentinos converteram em lei, nesta quinta-feira, um acordo com o Irã propiciado pelo Governo para interrogar líderes iranianos acusados pelo atentado contra a mutual judia AMIA, que matou 85 pessoas e feriu 300 em 1994.
O bloco governista que responde à presidente Cristina Kirchner se impôs com 131 votos, enquanto a oposição, com o apoio de entidades da coletividade judaica da Argentina que rejeitam o acordo, somou 113.
Buenos Aires e Teerã assinaram no dia 27 de janeiro um Memorando para criar uma Comissão da Verdade, integrada por 5 membros, nem argentinos, nem iranianos, a fim de esclarecer o ataque e ouvir 8 acusados, entre eles o atual ministro da Defesa, Ahmad Vahidi, e o ex-presidente Ali Rafsanjani (1989-1997).
Centenas de membros da comunidade judaica-argentina, de 300 mil membros, a maior da América Latina, se concentraram diante do Congresso e levantaram cartazes de protestos com a palavra "Não" escrita.
Os Estados Unidos se declararam céticos de que uma solução justa seja alcançada e Israel protestou por considerar improcedente uma negociação com o Irã, país que não considera confiável.
O Senado havia autorizado o projeto na semana passada e ainda é preciso que o parlamento iraniano o aprove.