Jogadores de beisebol de Cuba comemoram vitória com o filho do ex-presidente Fidel Castro, Antonio Castro (sem boné, no centro da imagem) (Kevork Djansezian/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 12 de julho de 2013 às 22h27.
Washington - Um grupo bipartidário do Congresso dos Estados Unidos pediu nesta sexta-feira ao secretário de Estado, John Kerry, que negue um visto de entrada ao país a Antonio Castro, filho de Fidel Castro, que pretende acompanhar a equipe de beisebol cubana em um evento esportivo na próxima semana.
Em carta dirigida a Kerry, os legisladores republicanos da Flórida, Ileana Ros-Lehtinen e Mario Díaz Balart, e o democrata de Nova Jersey, Albio Sires, disseram estar 'profundamente preocupados' com a possibilidade de os EUA darem um visto a Antonio Castro.
Na carta, os legisladores, todos de origem cubana, afirmaram que Castro acompanha com frequência os jogadores de beisebol cubanos que viajam ao exterior 'para intimidá-los' e impedir sua deserção.
'Os irmãos Castro e seus familiares representam um regime opressivo que priva o povo cubano de seus direitos humanos e liberdades básicas', disseram na carta.
Os legisladores já tinham criticado a concessão de vistos a Josefina Vidal Ferreiro, diretora para os EUA da Chancelaria cubana; a Mariela Castro, filha do presidente Raúl Castro, e ao historiador de Havana Eusebio Leal.
Para os legisladores, a concessão de um visto ao filho de Fidel Castro 'minaria nossos esforços em prol da democracia e da liberdade dentro da ilha, e prejudicaria nossa política de longa data de fortalecer os vínculos com o povo cubano e isolar seus opresores'.
O Departamento de Estado tem como política não comentar nem sobre as solicitações de visto para viajar aos Estados Unidos nem sobre as decisões que toma a respeito.
Os congressistas destacaram que seria um erro dar o visto a Antonio Castro quando o governo cubano mantém preso o subcontratista americano Alan Gross, detido na ilha desde dezembro de 2009 e sentenciado a 15 anos de prisão sob acusações de crimes contra o Estado por introduzir ilegalmente equipes de comunicações em Cuba.