Moradores da região se aproveitam do trânsito para vender alimentos aos caminhoneiros (.)
Da Redação
Publicado em 20 de janeiro de 2014 às 17h39.
São Paulo - O caso de amor dos chineses com a indústria automobilística mostrou seu lado sombrio nas últimas semanas. Segundo informações da agência de notícias chinesa Xinhua News, um congestionamento de mais de 100 quilômetros se arrasta na rodovia entre Pequim e Huai'n desde o dia 14 de agosto. Segundo especialistas do país, o problema na região deve ser resolvido apenas em meados de setembro.
De acordo com as autoridades de tráfego de Pequim, obras de manutenção ao longo da rodovia, uma das mais importantes da capital, são as principais causas do engarrafamento. A grande quantidade de caminhões e carros, pequenos acidentes de trânsito e veículos quebrados agravam a situação.
As obras foram iniciadas para reparar danos nas pistas, causados pela circulação excessiva de veículos pesados. Uma vez que elas devem ser concluídas apenas no dia 13 de setembro, os especialistas em tráfego estimam que o congestionamento vá durar até esta data.
Enquanto as transportadoras amargam o prejuízo com o congestionamento que pode ser o mais longo da história do país, as famílias que moram no entorno da área afetada lucram com a situação.
Segundo a Xinhua News, os moradores estão aproveitando a lentidão para vender alimentos aos motoristas a preços supervalorizados. Um caminhoneiro que passava pela região disse ter visto macarrão instantâneo sendo vendido por um valor quatro vezes maior que o de mercado.
As questões dos congestionamentos e da segurança nas estradas chinesas têm sido as maiores preocupações para os motoristas. Embora a duração do engarrafamento entre Pequim e Huai'n seja incomum, a situação em si não é novidade. Em julho deste ano, outro trecho da mesma rodovia teve a velocidade média do tráfego reduzida a quase zero durante quase um mês.
A polícia mobilizou 400 oficiais de tráfego para tentar organizar o caos na estrada e evitar novos acidentes