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Confrontos por morte de muçulmano deixam 4 mortos no Quênia

Quatro pessoas morreram em Mombasa, segunda maior cidade do Quênia, em confrontos iniciados após o assassinato no dia anterior de um pregador muçulmano


	Policial do Quênia: além das mortes, uma igreja do Exército da Salvação foi incendiada
 (Noor Khamis/Reuters)

Policial do Quênia: além das mortes, uma igreja do Exército da Salvação foi incendiada (Noor Khamis/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2013 às 13h20.

Mombasa - Quatro pessoas morreram nesta sexta-feira em Mombasa, segunda maior cidade do Quênia, em confrontos iniciados após o assassinato no dia anterior de um pregador muçulmano radical, anunciaram o Centro queniano de Gestão de Crises (NODC) e a Cruz Vermelha.

"O balanço dos confrontos (...) aumentou para quatro mortos", anunciou o NODC em sua conta no Twitter.

O diretor regional da Cruz Vermelha, Michael Avei, confirmou o balanço à AFP.

Segundo o NODC e a Cruz Vermelha, sete pessoas, feridas em meio à violência, permanecem hospitalizadas.

Além disso, uma igreja do Exército da Salvação foi incendiada por pessoas que protestavam contra o assassinato na madrugada do pregador.

Segundo a polícia, a violência começou depois da oração muçulmana das sextas-feiras. Os manifestantes "queimaram a igreja do Exército da Salvação, mas tentamos dispersá-los com bombas de gás lacrimogêneo", declarou um funcionário policial em Mombaça.

O xeque Ibrahim Ismail era considerado o sucessor de Abud Rogo Mohamed, um polêmico clérigo acusado de vínculos com os insurgentes islamitas somalis shebab, que também foi assassinado em 2012 em circunstâncias similares.

Um veículo com cinco pessoas a bordo foi alvo de disparos quinta-feira à noite e apenas um passageiro, Salim Abdo, sobreviveu ao ataque.

Assim como Abud Rogo, Ismail era pregador na mesquita de Masjid Musa, frequentada por muçulmanos radicais.

A morte de Rogo em agosto 2012 provocou vários dias de distúrbios em Mombasa.

Outro pregador radical, Abubaker Sharif Ahmed, conhecido como "Makaburi", acusou a polícia de ter realizado uma nova execução pura e simples do xeque Ibrahim Ismail e de seus colegas.

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