Mundo

Confrontos no Iraque deixam 32 civis mortos

Forças de segurança iraquianas e membros de tribos aliadas entraram em confronto com militantes da Al-Qaeda

Porta-voz do Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL), Abu Mohammad al-Adnani al-Shami: entre os detidos pelos rebeldes do EIIL há crianças de oito anos (AFP)

Porta-voz do Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL), Abu Mohammad al-Adnani al-Shami: entre os detidos pelos rebeldes do EIIL há crianças de oito anos (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de janeiro de 2014 às 19h33.

Bagdá - Forças de segurança iraquianas e membros de tribos aliadas entraram em confronto nesta sexta-feira com militantes da Al-Qaeda para tentar retomar o controle de duas cidades na província de Al-Anbar. Ao menos 32 civis, incluindo mulheres e crianças, e 62 militantes do grupo terrorista morreram durante os combates.

De acordo com fontes da segurança, membros do Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL) assumiram na quinta-feira o controle de metade de Fallujah e de vários setores de Ramadi, duas localidades da província de Al-Anbar. O xeque Ahmed Abu Risha, afirmou à AFP que 16 membros do EIIL morreram em Khaldiyah, leste de Ramadi, e outros 46 morreram em Ramadi.

A província de Al-Anbar, de maioria sunita, tornou-se há mais de um ano reduto de contestação contra o primeiro-ministro Nouri al-Maliki, acusado de monopolizar o poder e marginalizar os sunitas.

Fallujah e Ramadi se tornaram redutos da insurgência após a invasão americana do Iraque, que derrubou Saddam Hussein, um sunita, em 2003. Dois anos após a retirada das últimas tropas americanas, em dezembro de 2011, as forças iraquianas lutam para lidar com insurgentes, estimulados pelo conflito na vizinha Síria, e o descontentamento da minoria sunita.

O último assalto a Fallujar marca a quarta tentativa do governo de retomar a cidade desde a quinta-feira, quando islamitas leais ao Estado Islâmico no Iraque e al-Shamas, ou ISIS, tomaram grande parte da cidade das mãos do governo, segundo informaram autoridades.

A violência nesta semana reflete a redução no apoio de tribos sunitas ao governo central do Iraque dominado pelos xiitas. A cooperação dessas tribos é fundamental para primeiro-ministro Maliki no combate à expansão da Al-Qaeda no Iraque, mas muitos líderes sunitas tribais estão furiosos com a forma como as forças de segurança do governo tratam os sunitas. Fonte: Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:Al QaedaAtaques terroristasGuerrasIraqueIslamismoTerrorismo

Mais de Mundo

Justiça da Bolívia retira Evo Morales da chefia do partido governista após quase 3 décadas

Aerolineas Argentinas fecha acordo com sindicatos após meses de conflito

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA