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Confrontos na Venezuela deixaram ao menos 69 manifestantes feridos

Convocados por Juan Guaidó, manifestantes entraram em confronto com forças de Maduro durante todo o dia

Manifestante ferido é socorrido pela Cruz Vermelha em protesto nesta terça-feira, 30 (Manaure Quintero/Reuters)

Manifestante ferido é socorrido pela Cruz Vermelha em protesto nesta terça-feira, 30 (Manaure Quintero/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de abril de 2019 às 19h19.

Última atualização em 30 de abril de 2019 às 19h53.

Confrontos ocorridos nesta terça-feira em Caracas, capital da Venezuela, após uma tentativa de levante liderada pelo líder da oposição, Juan Guaidó, para derrubar o governo de Nicolás Maduro, deixaram ao menos 69 pessoas feridas.

"Até o momento, atendemos 69 pacientes provenientes da manifestação em La Carlota", disse Gustavo Duque, prefeito de Chacao, cidade da região metropolitana de Caracas, no Twitter.

Entre as vítimas, 41 foram atendidas após serem atingidas por balas de borracha. Além disso, outras 21 sofreram traumatismos variados, três tiveram dificuldades respiratórias e duas foram levadas a um hospital por terem sido baleadas.

O chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, afirmou em entrevista por telefone à Agência Efe, que “o país está em total normalidade”, apesar de os protestos contra o governo de Nicolás Maduro continuarem em Caracas – assim como confrontos dos manifestantes com forças de segurança – e que “qualquer cenário” é possível nos próximos dias.

“O país está em total normalidade, exceto no bairro de classe média alta de nome Altamira (em Caracas), que foi o foco das manifestações opositoras desde 2002”, comentou Arreaza.

 O opositor Leopoldo López, que apoia o autoproclamado presidente Juan Guaidó, preso desde 2014, está na residência diplomática do Chile em Caracas, na Venezuela, após um dia tensão na capital venezuelana, mas até 19h desta terça (horário de Brasília) não havia pedido asilo.

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional do governo brasileiro, Augusto Heleno, considera que o apoio da alta cúpula das Forças Armadas da Venezuela ao oposicionista Juan Guaidó não foi confirmado ao longo do dia, como chegou a ser anunciado pelo presidente autoproclamado no início da manhã.

Para Heleno, não há expectativa de solução no curto prazo para a crise no país vizinho e o cenário segue indefinido. "Não se sabe quanto tempo irá demorar para uma solução que leve à saída de (Nicolás) Maduro do País".

O presidente Jair Bolsonaro disse que o Brasil se solidariza com o povo da Venezuela, país onde o líder da oposição Juan Guaidó disse ter apoio dos militares para depor o governo de Nicolás Maduro, e afirmou que o Brasil apoia a liberdade do país vizinho.

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