Mundo

Confrontos matam 72 na Nigéria

Confrontos ocorreram entre supostos ladrões de gado da tribo fulani e jovens vigilantes locais da etnia rival hausa, no nordeste do país


	Soldados nigerianos: centenas foram mortos no último ano em embates entre o povo fulani e comunidades mais enraizadas que praticam um misto de agricultura e criação de gado
 (Quentin Leboucher/AFP)

Soldados nigerianos: centenas foram mortos no último ano em embates entre o povo fulani e comunidades mais enraizadas que praticam um misto de agricultura e criação de gado (Quentin Leboucher/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2014 às 17h07.

Kaduna - Confrontos entre supostos ladrões de gado da tribo fulani montados em motocicletas e jovens vigilantes locais da etnia rival hausa no nordeste da Nigéria deixaram pelo menos 72 mortos, informou a polícia nesta segunda-feira.

Atiradores atacaram um encontro de jovens vigilantes e caçadores locais de diferentes áreas que haviam se reunido no vilarejo remoto de Yar Galadima, no Estado de Zamfara, no noroeste nigeriano, no sábado.

"Os atacantes chegaram em motocicletas em grande número e dispararam esporadicamente", declarou Lawal Abdullahi, porta-voz da polícia, por telefone. "No fim, 72 pessoas foram mortas, incluindo os bandidos, porque os justiçeiros e caçadores reagiram".

Centenas foram mortos no último ano em embates entre o povo fulani, seminômade e pastor, e comunidades mais enraizadas que praticam um misto de agricultura e criação de gado, estimulados por discórdias em torno do uso da terra.

Os tumultos são vistos muitas vezes como de natureza sectária, já que os fulanis são muçulmanos e as comunidades com as quais estão em conflito no "Cinturão Médio" da Nigéria - onde o sul de maioria cristã e o norte muçulmano se encontram - tendem a ser cristãs.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaNigériaViolência política

Mais de Mundo

Argentina registra décimo mês consecutivo de superávit primário em outubro

Biden e Xi participam da cúpula da Apec em meio à expectativa pela nova era Trump

Scholz fala com Putin após 2 anos e pede que negocie para acabar com a guerra

Zelensky diz que a guerra na Ucrânia 'terminará mais cedo' com Trump na Presidência dos EUA