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Confrontos entre polícia e xiitas na Nigéria deixam 12 mortos

A seita xiita Movimento Islâmico da Nigéria afirmou que os agentes abriram fogo contra fiéis que participavam de uma passeata pacífica

Nigéria: em dezembro de 2015, o Exército nigeriano matou 348 pessoas pertencentes a este grupo durante enfrentamentos (Akintunde Akinleye/Reuters)

Nigéria: em dezembro de 2015, o Exército nigeriano matou 348 pessoas pertencentes a este grupo durante enfrentamentos (Akintunde Akinleye/Reuters)

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EFE

Publicado em 14 de novembro de 2016 às 14h13.

Pelo menos 12 pessoas morreram nesta segunda-feira em enfrentamentos entre a polícia e fiéis xiitas durante uma celebração religiosa na cidade de Kano, no norte da Nigéria, informam veículos de imprensa locais.

A seita xiita Movimento Islâmico da Nigéria (IMN, por sua sigla em inglês), assentada no norte do país, afirmou que os agentes abriram fogo contra fiéis que participavam de uma passeata pacífica.

Algumas testemunhas relataram à imprensa que pelo menos 12 pessoas, entre elas um policial, perderam a vida nestes confrontos, embora as autoridades ainda não tenham facilitado números oficiais.

O Movimento Islâmico da Nigéria é uma seita xiita com próximos laços com o Irã e estabelecida em Zaria (norte da Nigéria), embora sem vínculos com o extremismo do grupo jihadista Boko Haram.

O grupo religioso, liderado por Sheik Zakzaky, começou sua atividade em 1980 na Nigéria, onde conta com cerca de três milhões de fiéis.

Em dezembro de 2015, o Exército nigeriano matou 348 pessoas pertencentes a este grupo durante enfrentamentos nos quais os soldados fizeram uso de uma "força excessiva", segundo determinou uma comissão de investigação estabelecida pelas autoridades estatais.

No mês passado, três xiitas morreram e vários ficaram feridos quando a polícia reprimiu um ato organizado pelo grupo, alegando motivos de segurança.

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