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Confrontos deixam pelo menos 70 mortos no norte do Iraque

Carros-bomba, atentados suicidas e tiroteios em cidades no norte do Iraque mataram pelo menos 70 pessoas nesta segunda-feira

Iraque: nenhum grupo assumiu a autoria dos ataques, mas autoridades geralmente atribuem os casos de violência a militantes sunitas da Al Qaeda local (REUTERS/Stringer)

Iraque: nenhum grupo assumiu a autoria dos ataques, mas autoridades geralmente atribuem os casos de violência a militantes sunitas da Al Qaeda local (REUTERS/Stringer)

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Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2013 às 23h35.

Bagdá - Carros-bomba, atentados suicidas e tiroteios em cidades no norte do Iraque mataram pelo menos 70 pessoas nesta segunda-feira, em incidentes que reforçam o temor de que o país esteja mergulhando em uma guerra civil sectária.

Nenhum grupo assumiu a autoria dos ataques, mas autoridades geralmente atribuem os casos de violência a militantes sunitas da Al Qaeda local. Desde meados de abril, quase 2 mil pessoas já foram mortas.

Há cinco anos o Iraque não registrava incidentes tão graves entre a maioria xiita e a minoria sunita, que se diz discriminada pelo governo. A atual onda de violência reflete em grande parte a guerra civil na vizinha Síria.

Mais cedo nesta segunda-feira, os ataques alvejaram mercados em duas cidades no norte do Iraque. Mas os insurgentes voltaram a atacar as forças de segurança, incluindo um ataque envolvendo homens-bomba e foguetes contra a sede da polícia em Mosul, matando 24 pessoas, a maioria policiais e soldados.

As cifras mensais de mortos mais recentes têm sido as piores desde o derramamento de sangue visto nos conflitos sectários há cinco anos que mataram dezenas de milhares de pessoas, dividiram Bagdá em distritos baseados em seitas religiosas e levaram o país à beira de uma guerra civil generalizada.

O conflito cada vez mais sectário na vizinha Síria, onde o Irã xiita e as potências sunitas do Golfo apoiam lados opostos, também colocou pressão sobre o frágil equilíbrio intercomunitário e étnico no Iraque.

Revigorado pela revolta majoritariamente sunita na Síria e o descontentamento sunita no Iraque, o braço local da Al Qaeda está recrutando e recuperando o terreno perdido durante a guerra com soldados norte-americanos, que deixaram o Iraque em dezembro de 2011.

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