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Confrontos armados no Congo causam 13 mil deslocamentos

A Agência da ONU para os Refugiados (Acnur) expressou a preocupação de que "em breve as pessoas deslocadas não terão comida suficiente"

Forças armadas: as missões da ONU no Congo foram suspensas (JamesAkena/Reuters)

Forças armadas: as missões da ONU no Congo foram suspensas (JamesAkena/Reuters)

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EFE

Publicado em 9 de dezembro de 2016 às 13h59.

Genebra - Os confrontos entre as Forças Armadas da República do Congo e supostos ex-rebeldes, denominados Ninjas, provocaram o deslocamento de 13 mil pessoas no sudeste da província de Pool e interromperam os trabalhos agrícolas em uma das regiões mais férteis do país.

Em comunicado divulgado nesta sexta-feira, a Agência da ONU para os Refugiados (Acnur) expressou a preocupação de que "em breve as pessoas deslocadas não terão comida suficiente".

Os moradores de Pool também têm dificuldades para receber atendimento médico e educação, dado que os médicos e professores públicos abandonaram a área, afirmou a Acnur.

O governo do Congo aponta como os responsáveis pela violência os ex-membros dos Ninjas, que assinaram acordos em 2003 com o governo para abandonar as armas após guerras e atos insurgentes recorrentes desde a década de 1990.

Dado o aumento da violência no país, que inclui um ataque a veículos militares na semana passada e outro no início de outubro em uma importante linha ferroviária que une Brazavile ao litoral, as missões da ONU no Congo foram suspensas.

Ainda assim, uma equipe da Acnur visitou Pool no final de novembro como parte de uma missão governamental e observou condições de vida deteriorantes desde sua última viagem à região, em junho.

A equipe levou ajuda essencial a 3,7 mil pessoas, mas a Acnur advertiu que provavelmente não poderá colaborar mais até que a situação de segurança melhore.

A República do Congo acolhe cerca de 55 mil refugiados, a maioria da República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Ruanda e Angola.

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